quarta-feira, 8 de junho de 2011

7 vestígios humanos fora da Terra

Livia Aguia
O homem deixou sua pegada em quase todos os lugares da Terra. E se não conseguiu pisar nas profundezas do Atlântico ou no coração da Floresta Amazônica, já mandou robôs, sonares e todo tipo de tecnologia para monitorá-los de longe. Também exploramos o espaço e deixamos rastros que qualquer alienígena poderia facilmente identificar. Acontece que nem todo vestígio humano no espaço sideral é sinal de vida “inteligente” aqui na Terra.
7 -- Naves espaciais
Ao longo dos últimos 50 anos, mandamos seres humanos, animais, insetos, bactérias e, principalmente, naves não-tripuladas para fora do nosso planeta. O sonho de viajar pelo espaço já é realidade -- para os muito ricos, em raras ocasiões -- mas ainda estamos longe do sonho da ficção científica com populações inteiras vivendo fora da Terra. A discussão da necessidade real de explorar o espaço em missões tripuladas está aberta e há muitos argumentos contra e a favor, porém as viagens continuam sendo feitas com e sem gente dentro.
Os astronautas e robôs mandam dizer que ainda não bateram um papo com nenhum ET.
6 -- Telescópios
Os telescópios espaciais são feitos para exngergar o universo sem a interferência da atmosfera terrestre. O Hubble não é o único telescópio em funcionamento fora da Terra, mas é o mais famoso, maior e mais velho deles. Sua concepção é de 1946, mas só foi lançado e posto para funcionar em 1990. De lá pra cá, recebendo ajustes aqui e ali, o Hubble observa o espaço em luz normal e infravermelha, enviando informações visuais de estrelas fora de nossa galáxia e estruturas do Universo até então desconhecidas por nós.
Nosso principal “olho” espacial está quase se aposentando. Estima-se que em 2014 ele deixe de funcionar para ser substituído por outro gigante: o Telescópio Espacial James Webb, com lançamento previsto para 2013. Conheça outros telescópios em órbita ao redor da Terra (em inglês).
5 -- Satélites
De acordo com a Nasa, existem cerca de 3 mil satélites ativos rodeando a Terra. Isso significa mais de 3 mil máquinas criadas pelo homem observando nosso planeta e o espaço o tempo todo! Nem todas as informações são públicas e é fácil se deixar levar pela mania de perseguição, mas os satélites também são responsáveis por diversas funções que já fazem parte do nosso dia-a-dia: geolocalização, retransmissão de ondas (sinais de rádio, televisão, celular, internet…), monitoramento de certas áreas do globo, fotografias em luz natural, raio-X, infravermelho, etc, etc, etc. Alguns deles são tão grandes que é possível observá-los cruzando o céu em noites com pouca luz.
Quem mora longe dos grandes centros urbanos provavelmente já viu ao menos um. É bonito, parece uma estrela cadente muito lenta e gigante que cruza o céu inteiro.
4 -- Ondas de rádio e televisão
No livro Contato, do astrofísico Carl Sagan, alienígenas captaram o discurso de Hitler nas Olimpíadas de Berlim em 1936 e vieram até o nosso planeta bater um papinho. Até onde sabemos, isso não aconteceu de verdade. Ainda.
A atmosfera terrestre bloqueia emissões de rádio de frequências abaixo de 10 MHz e acima de 10 GHz. Porém, as bandas VHF, UHF e microondas estão entre essas duas frequências e escapam para o espaço – teoricamente, para sempre. As ondas que vagam pelo espaço são uma evidência clara da existência de vida na Terra e poderiam ser captadas por alienígenas que passassem por perto.
Nós só estamos produzindo sinais de rádio e TV fortes o suficiente para ultrapassar a atmosfera há 60 anos, o que significa que apenas ETs a no máximo 60 anos luz daqui poderiam captar nossas emissões radiofônicas e televisivas. Veja quais são os sistemas solares a 50-60 anos luz de distância (em inglês).
3 -- Discos dourados que explicam como é a vida aqui na Terra
Em 2011, dois discos de cobre banhados a ouro contendo 116 imagens e diversos sons da Terra alcançaram o “espaço aberto”, ou seja: saíram dos domínios do sistema solar. As naves Voyager 1 e 2, enviadas em 1977 e que viajam com os discos, são dois dos artefatos humanos que mais se afastaram da Terra até hoje.
Os chamados Golden Records contêm informações da Terra destinadas às formas de vida inteligentes existentes fora do nosso planeta. Sua concepção e seleção de informações foram feitas pelo famoso astrofísico Carl Sagan (ele de novo) e equipe. As imagens foram codificadas de forma analógica, compostas de 512 linhas verticais. Já as informações auditivas estão gravadas nos discos como em um disco de vinil e há instruções imagéticas de como fazê-lo funcionar. Será que eles entendem?
2 -- Lixo espacial
Não contentes em poluir nosso próprio planeta, também deixamos rastros de sujeira pelo espaço. Segundo a Nasa, há cerca de 500 mil resíduos humanos sem função alguma girando ao redor da Terra a mais de 7 mil km/h. Deve existir muito mais lixo por aí, espalhado por órbitas de outros planetas ou simplesmente vagando pelo espaço, resultado das missões que começaram na segunda metade do século passado.
A sujeira não é só feia, mas também perigosa. Em outubro do ano passado, um satélite de pesquisas inativo da Nasa quase colidiu com uma estação espacial com 6 tripulantes. Os astronautas conseguiram deslocar a nave a tempo, mas foi por pouco.
1 -- Bolas de golfe
De todas as tranqueiras que mandamos para o espaço, essas são as mais curiosas. Em 1971, durante a terceira missão bem sucedida até a Lua, o astronauta Alan Shepard mandou duas bolas de golfe literalmente para o espaço. Alan era golfista nas horas vagas e decidiu que seria uma boa ideia tentar umas tacadinhas pela Lua.
Infelizmente, elas não correm o risco de aterrissarem no prato de sopa de algum alien. Segundo o próprio astronauta, a primeira bola foi um fail: ela rolou para dentro de uma cratera a uns 36 metros de distância. Já a segunda, “aqui [na Terra], ela teria ido uns 27 metros, mas pelo fato de não haver atmosfera lá [na Lua], a bola voou por uns 180 metros”.

Revista Super Interessante por Livia Aguia

Ronaldo adota banheira, perde dois gols feitos no jogo de adeus e se desculpa

Os 15 minutos de despedida de Ronaldo da seleção brasileira ficaram sem o gol, marca principal da carreira do maior artilheiro das Copas. O Fenômeno adotou a "banheira" no meio da marcação, resvalando na linha de impedimento, chutou três vezes contra a meta rival e perdeu duas oportunidades incríveis em sua breve participação no amistoso festivo contra a Romênia nesta terça-feira no Pacaembu.

"Desculpem, eu tive três chances de gol e não consegui marcar aqui, o que seria uma simples retribuição a tudo o que vocês fizeram por mim em toda a minha carreira. Muito obrigado e até breve, mas dessa vez fora dos campos", afirmou o Fenômeno, numa espécie de púlpito montado no meio do gramado.


Já sem a forma dos tempos de jogador, mesmo aquela dos últimos tempos pelo Corinthians, Ronaldo pouco se mexeu no ataque, na chamada "banheira", e correu apenas quando sentiu que a bola poderia chegar nos seus pés. Terminou com 1,2 km percorrido em campo.


A expectativa da despedida começou nos vestiários. Com o primeiro tempo já em andamento, o telão do Pacaembu mostrava Ronaldo em trabalho de aquecimento, ainda em dependências internas do estádio. Na preparação, o Fenômeno correu junto e bateu bola com os filhos Ronald e Alex.


Simultaneamente, motivada talvez pela parcial falta de gols do time de Mano Menezes, a torcida começava a cantar pelo festejado da noite: "Ronaldo vem aí e o bicho vai pegar".


Aos 21min, quando Fred abriu o placar para o Brasil, o telão mostrou Ronaldo comemorando nos vestiários. O momento de vestir a camisa amarela pela última vez estava chegando.


Finalmente o Fenômeno desponta na boca do túnel de acesso ao campo aos 27min do primeiro tempo, fazendo as arquibancadas do Pacaembu comemorarem como se fosse um gol.


Vestindo a camisa 9, Ronaldo entra na vaga de Fred, como previsto, aos 30min da etapa inicial. Eram 10h24 da gélida noite paulista. Antes de ceder o lugar ao ídolo, o jogador do Fluminense fez um pequeno sinal de reverência ao maior artilheiro das Copas.


Inicialmente, a bola demorou para chegar em Ronaldo. Os jogadores da seleção em campo visivelmente procuravam pensar o lance para que o homenageado da noite participasse da partida. Até que Ronaldo foi acionado no ataque, trocou passes e teve a chance de finalizar na frente do goleiro romeno Tatarusanu, que evitou o que seria o último gol do atacante.


Instante depois, o time conseguiu outra chance para o Fenômeno, que mesmo livre chutou por cima do travessão, em oportunidade que possivelmente não teria desperdiçado em seu auge. Na última finalização, o ex-goleador do Corinthians se deslocou por trás da zaga para receber a bola e bateu para outra boa defesa do goleiro romeno.


Ao todo foram nove toques na bola, uma arrancada pedindo jogo e três finalizações, de dentro da área. O gol não saiu, mas e emoção de encontrar a torcida em campo pela última vez ficou registrada.


Com o fim do primeiro tempo, o Fenômeno foi aplaudido de pé pelo estádio, cumprimentado pelos jogadores e membros da comissão técnica. Pegou a bola do jogo debaixo dos braços e deu uma demorada volta olímpica para agradecer a torcida que desafiou o frio para ver seu adeus.


Assim, Ronaldo se despede da equipe em que mais brilhou, mais do que em qualquer clube de sua trajetória. Com o jogo contra os romenos desta terça, foram 105 partidas e 67 gols.


Após o adeus oficial da seleção brasileira, Ronaldo carrega agora a expectativa de fazer amistosos com a camisa do Corinthians, em iniciativa manifestada mais de uma vez pelo presidente do clube, Andrés Sanchez.


Fonte: UOL

Existe poder soberano?

O grande São Tomás de Aquino, na sua monumental obra “Suma Teológica”, ensina que a criatura humana, dotada de razão, está submetida à Divina Providência. Por isso o decálogo do Criador é intocável por estar vinculado à lei natural. Nenhum poder humano pode estabelecer leis que entrem em choque com essa lei originária, como por exemplo, permitir apoderar-se de propriedade alheia legítima, autorizar o homicídio, aprovar a infidelidade conjugal.

Há leis morais que não dependem do nosso querer. São tão sábias que se tornam imperativo categórico, emparelhando com as leis da física. "A lei do Senhor é perfeita" (Sl 19, 7). Se alguém acha que o poder público está acima do direito natural, está lhe conferindo uma autoridade soberana. Nem mesmo o poder judiciário está acima da ordem natural. Só Deus é soberano. "Nem o príncipe, nem o imperador são realmente soberanos" (Maritain). Nem tampouco é soberana a vontade do povo quando quer seguir caprichos. A lei injusta, ou contrária à reta ordem, mesmo que exprima a vontade da maioria, não tem valor de lei. Assim se evitam os males à comunidade.

A Igreja está relacionada com a sociedade. O filósofo agnóstico Habermas advertiu o mundo, diante do Cardeal Ratzinger, que todos deveriam ouvir mais a Igreja, porque ela é movida por reta intenção e tem experiência em assuntos humanos. A atual secularização da sociedade leva a catástrofes. Sabemos que o ser humano tem inteligência ordenadora a fim de tornar o convívio humano voltado para o bem comum. Por isso os legisladores podem produzir leis para um melhor convívio. Mas falece-lhes autoridade para minar a família tradicional, concedendo privilégios descabidos a outros grupos. Os legisladores não têm o poder de "criar".  Não têm o poder de classificar o cachorro e o gato como se fossem da mesma espécie. "E Deus viu que tudo o que fizera era muito bom" (Gn 1, 31).

Não queiramos fazer coro com a Organização das Nações Unidas (ONU), nem com certos juízes desorientados, quando procuram relativizar a união conjugal entre um homem e uma mulher. Os legisladores têm poder subsidiário diante das leis eternas. Estas, sim, são soberanas, porque vêm do Criador. 

     
Dom Aloísio R. Oppermann scj - Arcebispo Uberaba