segunda-feira, 4 de abril de 2011

Professores dizem não aos 4% de reajuste salarial, mas voltam às aulas dia 06 (quarta-feira).

Os Professores da rede municipal de ensino de Caicó decidiram em assembleia realizada hoje à tarde (04), que não querem o reajuste de apenas 4% nos seus salários, conforme prometidos pelo prefeito Bibi Costa. Durante a assembleia os Professores concluíram que a proposta de 4% é um insulto a categoria, e que não tráz nenhum ganho real aos salários.

"Somos educadores, temos dignidade, não admitimos sermos humilhados publicamente por quem não tem responsabilidade com a escola pública, com a qualidade do ensino e seus profissionais e vem nos apresentar propostas indecentes como esta, não aceitamos os 4% mas não abriremos mão de nossos direitos, suspenderemos a greve em atenção aos estudantes, mas a luta continua, quando for preciso a greve volta novamente..." é o pensamento geral da categoria.

O SINDSERV. vai enviar ofício ao prefeito informando a decisão da categoria, dizendo que não querem o reajuste proposto de 4% por considera-lo imoral.

Por unanimidade os Professores decidiram que vão retornar as aulas no próximo dia 06 de abril, quarta-feira, depois que o pagamento do mês de março, que foi suspenso pelo prefeito for pago a categoria, que segundo informações da secretária da educação, professora Ana Maria, sairá na quarta-feira.

Os Professores consideraram que devem suspender a greve e retornar as salas de aulas em atenção aos alunos, mas mantendo o movimento organizado até que os estudos que serão feitos pela comissão criada entre sindicato, conselho do FUNDEB e governo, consiga apresentar uma proposta concreta que atenda as reivindicações da categoria, respeitando a lei do piso salarial e os direitos dos Professores.

A partir da segunda quinzena de abril o sindicato vai realizar reniões nas escolas municipais para discutir a situação da escola pública com Professores, funcionários, pais, governo e sociedade civil organizada. A responsabilidade com a educação é de todos.

Se o prefeito Bibi Costa nos próximos 90 dias, não acatar as proposições dos resultados dos estudos que serão encaminhados pela comissão, sobre a viabilidade de uma nova política salarial para os Professores, a greve pode voltar.
 
Por Antônio Neves
 
Do Blog: Se vão retornar às aulas era para pelo menos ter aceitado o pequeno aumento, pois desta forma ficou do jeito que o Prefeito queria.

Secretaria de Educação do RN convoca mais 427 professores

A Secretaria de Estado da Educação e Cultura (SEEC) está convocando 427 professores aprovados no concurso para professor temporário. Essa é a terceira convocação dos candidatos do quadro de reserva referente às vagas remanescentes do processo seletivo simplificado para provimento de vagas de professores temporários da SEEC.
A convocação foi publicada no Diário Oficial do último sábado (2), pela Secretaria de Administração e dos Recursos Humanos.  Com essa chamada, a SEEC pretende completar o quadro de docentes em todo o Estado dando um fim à falta de professores em sala de aula.
Os candidatos dos municípios pertencentes a 1ª Diretoria Regional de Educação que compreende os municípios de Natal, Extremoz, Macaíba e São Gonçalo do Amarante devem se apresentar na sede do CENEP (Centro Estadual de Educação Profissional, Sen. Jesse Pinto Freire), Rua Trairi, Petrópolis, Praça Pedro Velho, no período de 4 a 6 de abril.
Os candidatos dos municípios pertencentes as Direds de Parnamirim, Nova Cruz, São Paulo do Potengi, Ceará Mirim, Macau, Santa Cruz, Angicos, Currais Novos, Caicó e João Câmara devem se apresentar, também no CENEP, nos dias 7 e 8 próximos.
Nos dias 4 e 5 os candidatos do município de Mossoró devem se apresentar na 12ª Dired, Rua Cunha da Mota, Centro, Mossoró/RN. Os candidatos dos municípios circunscritos as Direds de Umarizal e Pau dos Ferros devem se apresentar neste mesmo endereço, no dia 06/04.
O horário de atendimento é das 8h às 12h e das 14h às 18h.A lista de convocados, o cronograma do processo e a documentação exigida estão disponibilizados no site da SEEC.

* Fonte: SEEC.

Bullying: as faces de uma violência oculta. Se existe uma cultura de violência, espalhemos uma contracultura

Uma violência física, mas, muitas vezes, psicológica: este é o bullying, termo que tem origem na palavra inglesa bully, que significa "brigão", "valentão". Na prática, traduz-se em atos de covardia, tirania, agressão, opressão, maus-tratos, ironias, que acontecem de forma repetitiva e não necessariamente com uma agressão física, mas na maioria das vezes acompanhado de tratamento ofensivo, ameaças e torturas psicológicas. Essas agressões possuem um caráter intencional e, muitas vezes, a pessoa que sofre o bullying pode ser abordada por uma ou por várias pessoas.

Forma de violência que tem crescido no mundo, pode fazer vítimas em diversos contextos sociais: escola, família, universidade, vizinhança, local de trabalho. Pode começar com um simples apelido "inofensivo", mas que pode ter grande repercussão para a pessoa atingida.

Sabemos que essa prática existe há muito tempo, mas nem sempre recebeu esse nome. Estudos mostram a preocupação de vários setores da sociedade com o crescente número desses casos de agressão, especialmente nas escolas.

Aquele que sofre com o bullying, muitas vezes, vive esse processo sozinho. Podemos observar que, além do isolamento ou da queda do aproveitamento escolar de uma criança ou jovem que passa por essa situação, ela também pode iniciar um processo de adoecimento psicossomático, de estado emocional, sintomas depressivos, estresse elevado; e tudo isso somado pode afetar sua personalidade. Ao ser ridicularizada a pessoa passa a não enfrentar mais o contato social e, aos poucos, perde o prazer em atividades sociais, como frequentar a escola, lazer ou qualquer situação em que necessite se expor, por medo de ser novamente vítima desse processo.

Esse fenômeno leva a pessoa vítima da agressão mobilizar seu medo, sua angústia e a reprimir a raiva e até mesmo a ter sentimentos de culpa, como se ela fosse responsável pelos ataques sofridos. Muitas vezes, não há denúncia, pois o agredido teme ser ainda mais perseguido; de forma que o agressor se vale desse silêncio como proteção e anonimato.

Um dado muito importante deve servir de alerta para todos nós: estudos mostram que, em 80% dos casos, aqueles que praticam esse tipo de violência afirmam que a causa principal desse comportamento é a necessidade de replicar em outras pessoas a violência que sofreram em casa ou na própria escola. As atitudes dessas pessoas envolvem a necessidade de dominar, de impor autoridade e coagir, desejando, na verdade, ser aceitas e pertencer ao grupo e de chamar a atenção para si. Mostra ainda a dificuldade de lidarem com seus sentimentos, de colocarem-se no lugar do outro e perceberem os sentimentos das pessoas.

Aqueles que agridem passam a ter um comportamento de distanciamento e dificuldade em alcançar um bom rendimento escolar; nota-se que valorizam muito a violência como fonte de poder e tais fatos podem levar a comportamentos desadaptados na fase adulta.

Nosso papel é trabalhar com os grupos sociais nos quais vivemos, começando pelo núcleo familiar, o trabalho de valorização de princípios como respeito às diferenças, a tolerância, a convivência fraternal e de acolhimento das pessoas, valorizando a harmonia e a disponibilidade e refazer sua história, pois embora deixe lembranças, é possível refazer o caminho de vida, tanto para agressor quanto para agredido. É importante que pais, educadores, religiosos, líderes comunitários e empresas possam conversar abertamente sobre esse assunto, visando propostas para reverter este quadro.

Se existe uma cultura de violência, que se dissemina entre as pessoas, é importante que possamos espalhar uma contracultura de paz, especialmente nas crianças, que precisam ser moldadas e nelas semeadas boas sementes de paz, amor, harmonia. Vivemos um tempo de aprendizado de como lidar com isso: escolas, pais, agressores e agredidos, muitas vezes, não sabem o que fazer, mas o grande plano neste momento é aprender com o incentivo de gestos de compreensão, de cada vez mais cultivar o respeito às diferenças individuais e o olhar de fé e atitude de cada um de nós.

Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com

Fátima Bezerra pede ao prefeito Bibi Costa que aumente o valor da proposta para os professores

A deputada federal Fátima Bezerra vem desde a última sexta-feira (1) conversando insistentemente com o prefeito Bibi Costa. O motivo das conversas via telefone é sobre a greve dos profissionais da educação do município. A parlamentar recebeu um pedido por parte do sindicato para tentar junto com eles negociar com o prefeito, já que este dava demonstração de que não iria abrir diálogo e nem apresentar proposta.
No último dia (01/04), o prefeito Bibi Costa conversou com Fátima Bezerra e depois de ouvir a parlamentar ele resolveu abrir dialogo e lançou uma proposta de 3% de aumento.
Hoje, dia 03/04, Fátima Bezerra voltou a falar com o prefeito; desta vez a parlamentar pediu que Bibi Costa aumenta-se o valor proposto, já que os salários dos profissionais na área de educação vem defasado e congelado já a algum tempo. O prefeito se mostrou compreensivo aos apelos da deputada Fátima Bezerra e ficou de dar uma resposta a mesma amanhã (04) por volta das 10h00.
Fátima Bezerra pretendia estar amanhã em Caicó para acompanhar todo este processo de perto, mas como tem uma audiência com a secretária de educação do Estado, não pode vir a Caicó.

Fonte: Roberto Flávio