Continuando nossa série a respeito dos sacramentos,  apresentamos hoje o sacramento da Ordem. Juntamente com o Matrimônio  são chamados de sacramento de serviço. Assim, quem é batizado e  confirmado (crismado) pode também assumir um serviço especial, pondo-se a  serviço de Deus. Isso acontece mediante os sacramentos da Ordem e do  Matrimônio, por isso os mesmos são chamados sacramentos a serviço da  comunhão e da missão, eles conferem uma graça especial para uma missão  particular na Igreja em ordem à edificação do povo de Deus, contribuindo  em especial para a comunhão eclesial e para a salvação dos outros.
A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão  confiada por Cristo aos Seus apóstolos continua a ser exercida na  Igreja, até o fim dos tempos. Nela quem é ordenado recebe o dom do  Espírito Santo, concedido por Cristo pelo bispo e que lhe dá autoridade  sagrada.  Nele o sacerdote continua sobre a terra a obra redentora de  Cristo, afirma São João Maria Vianney.
Chama-se Ordem este sacramento, pois indica um corpo  eclesial, do qual se passa a fazer parte, mediante uma especial  consagração (Ordenação), que, por um particular dom do Espírito Santo,  permite exercer um poder sagrado em nome e com a autoridade de Cristo  para o serviço do povo de Deus. Compõe-se de três graus, que são  insubstituíveis para a estrutura orgânica da Igreja: o episcopado, o  presbiterado e o diaconato.
Os sacerdotes na Antiga Aliança encararam a sua missão  como uma mediação entre o celeste e o terreno, entre Deus e o Seu povo.  Sendo Cristo, o único mediador entre Deus e a humanidade (cf. I Tm 2,5),  Ele aperfeiçoou e concluiu este sacerdócio. Depois de Cristo, o  sacerdócio só pode existir em Cristo, na imolação de Cristo na cruz e  pelo chamamento e  envio apostólico de Cristo.
O efeito da ordenação episcopal confere a plenitude do  sacramento da Ordem, faz do bispo o legítimo sucessor dos apóstolos,  confere-lhe a missão de ensinar, santificar e governar. O ministério do  bispo é, no fundo, o ministério pastoral da Igreja, porque remonta às  testemunhas de Jesus.
Ao presbítero a ordenação assinala nele, pela unção do  Espírito, um carácter espiritual indelével, configura-o a Cristo  Sacerdote e torna-o capaz de agir em nome de Cristo Cabeça. Sendo  cooperador da Ordem episcopal, ele é consagrado para pregar o Evangelho,  para celebrar o culto divino, sobretudo a Eucaristia, da qual o seu  ministério recebe a força, e para ser o pastor dos fiéis.
Na ordenação diaconal o diácono, configurado a Cristo  servo de todos, é ordenado para o serviço da Igreja sob a autoridade do  bispo, em relação ao ministério da Palavra, do culto divino, da condução  pastoral e da caridade.
Assista: "O sacramento da Ordem", com o professor Felipe Aquino
Para cada um dos três graus, o sacramento da Ordem é  conferido pela imposição das mãos sobre a cabeça do ordinando por parte  do bispo, que pronuncia a solene oração consecratória. Com ela, o bispo  invoca de Deus, para o ordinando, a especial efusão do Espírito Santo e  dos Seus dons, em ordem ao ministério.
Somente o batizado de sexo masculino pode receber esse sacramento. A Igreja reconhece-se vinculada a esta escolha feita pelo próprio Senhor.  Ninguém pode exigir a recepção do sacramento da Ordem, antes deve ser  considerado apto para o ministério pela autoridade da Igreja. Esse  sacramento dá uma especial efusão do Espírito Santo, que configura o  ordenado a Cristo na Sua tríplice função de Sacerdote, Profeta e Rei,  segundo os respectivos graus do sacramento. A ordenação confere um  caráter espiritual indelével: por isso não pode ser repetida nem  conferida por um tempo limitado.
Os sacerdotes ordenados, no exercício do  ministério sagrado, falam e agem não por autoridade própria, nem sequer  por mandato ou delegação da comunidade, mas na Pessoa de Cristo Cabeça e  em nome da Igreja. Portanto, o sacerdócio ministerial difere  essencialmente, e não apenas em grau, do sacerdócio comum dos fiéis,  para o serviço no qual Cristo o instituiu.
Portanto, os sacramentos da Igreja  ora são presididos, ora são assistidos (matrimônio) pelos ministros  ordenados, desta forma, para a vida da Igreja e dos fiéis é  indispensável que haja homens dispostos a se doar inteiramente ao  Evangelho. Por isso é importante que toda a Igreja reze suplicando ao  Senhor que suscite no coração dos batizados sinceras e santas vocações  ao sacramento da Ordem.
Redação Portal
Fonte: Catecismo da Igreja Católica
Fonte: Catecismo da Igreja Católica
 

