terça-feira, 2 de março de 2010

Professores estaduais entram em greve

O ano letivo da rede estadual de ensino, que oficialmente começou ontem, veio com a notícia de greve dos professores. A assembleia da categoria realizada ontem, na Escola Estadual Winston Churchill, Cidade Alta, decidiu pela deflagração do movimento por tempo indeterminado. Na saúde, os servidores se uniram à greve dos médicos e o Samu Metropolitano reduziu ainda mais os serviços.


A exemplo dos professores do município quando deflagraram a greve, os do estado compareceram às escolas, receberam os alunos e conversaram sobre o indicativo de greve que seria decidido ainda pela manhã. Amanhã, os professores voltam novamente às escolas para anunciar o movimento aos alunos e, na quinta-feira, fazem nova assembleia para avaliação, envolvendo os profissionais também da rede municipal de Natal. Com a deflagração da greve, cerca de 325 mil alunos ficam sem aulas nas 730 escolas estaduais no Rio Grande do Norte.

O movimento aponta para três eixos emergenciais ligados diretamente à questão financeira: aumento do piso para R$ 1.312, plano de carreiras dos funcionários e correção do salário dos aposentados. De acordo com a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Fátima Cardoso, a luta pelo piso não é apenas pelo novo valor, mas sobretudo para acabar com a falta de cumprimento à legislação por parte do governo. Segundo ela, ao longo do mês de janeiro a categoria alertou ao governo estadual através da Secretaria de Educação sobre a integralização do Piso, bem como o fim do teto salarial. "Indiferente a essa questão, o governo até o momento não se pronunciou acerca da matéria. Queremos garantir a integralização do piso salarial de acordo com o Plano de Carreira, correção aos salários dos aposentados que estão defasados desde o ano de 2006, formação de uma comissão paritária para elaboração do Plano de Carreira dos Funcionários, bem como a incorporação de gratificação aos salários", disse ela.

Sem acordo

Realizada na tarde de ontem, a reunião entre a governadora Wilma de Faria, o secretário estadual de Educação, Otávio Augusto de Araújo, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) e a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Fátima Cardoso, não resultou na suspensão da greve dos professores do estado. O governo do estado ficou de avaliar as reivindicações da categoria e apresentar uma proposta durante uma nova reunião, que ficou agendada para ocorrer amanhã.

diariodenatal.com.br

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