sexta-feira, 3 de junho de 2011

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA

Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.  Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".  

 
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.  Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?

 
É Villa Lobos, cacete! 

 
Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas.

 
A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/  Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.

 
Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é  Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.

 
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil. Ninguém  mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens. 

 
Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual,  Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato,  era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.

 
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.

 
Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.

 
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.

 
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no..., cantaremos nas arquibancadas o "allegro" da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de "Jesus, alegria dos homens", do velho Bach.

Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova,  aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá,  já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".

Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. 
Defuntos? Não. Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.


 
Luiz Antônio Simas
(Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio)

SE BIN LADEN TIVESSE SIDO PRESO NO BRASIL:

Parece piada, mas seria assim mesmo.
 
1.    Os advogados dele teriam que estar presentes na hora da prisão para garantir seus direitos;
2.    Todas as escutas seriam consideradas ilegais por não terem autorização de um juiz;
3.    Os policias e militares seriam acusados de “abuso de poder”;
4.    Em três dias teria um “Habeas Corpus” decretado por irregularidade nas investigações;
5.    Por ser réu primário, não possuir outra condenação, ter nível superior e endereço fixo, seria logo posto em liberdade;
6.    Por possuir “livre direito de ir e vir” seria liberado para visitas à Meca;
7.    Pelo direito de “ampla defesa” alocaria milhares de testemunhas a seu favor;
8.    O processo levaria uma década com ele em “liberdade provisória”;
9.    Condenado a pena máxima de 35 anos, cumpriria 1/6 como manda a lei;
10. Durante o cumprimento da pena de cerca de cinco anos, poderia receber visitas das suas cinco esposas e seria liberado para sair nos feriados, inclusive no Natal (!);
11. Depois de alguns meses preso, um Juiz decretaria que a prisão dele é ilegal por não constar Terrorismo no nosso Código Penal;
12. Seria anistiado, receberia uma polpuda indenização e uma bolsa terrorista, mensalmente;
13. Indicado pelo Delúbio, se filiaria ao PT e criaria um mensalão;
14. Com a carteirinha de terrorista, seria candidato a Presidente da República ou brigaria por algum cargo no governo federal;
15. E por último, para não manchar a imagem do Brasil junto ao mundo, ele sofreria a terrível punição de doar 10 cestas básicas para as Obras Assistenciais de Irmã Dulce.
 
Pronto: Justiça feita como mandam nossas leis!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Câmara aprova vestibular gratuito para aluno de escola pública

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira, em caráter conclusivo, proposta que isenta da taxa de inscrição no vestibular nas instituições federais de ensino superior os candidatos que tenham cursado todo o ensino médio em escola pública e os que tenham recebido bolsa integral em escola privada.
Em ambos os casos, os candidatos devem comprovar renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio (o equivalente hoje a R$ 817,10).
A proposta será encaminhada para o Senado, a menos que haja recurso para que seja analisada pelo Plenário.

Descalabros Sociais.

Enquanto a midia fala dos descalabros na saúde e ultimamente vem apresentando na educação os nossos lideres no poder legislativo empurram “com a barriga” a questão das relações homossexuais a tal ponto que o poder Judiciário assume a questão e passa a legislar sobre a mesma. Tem motivo para o poder legislativo fugir de tal problema a não ser o medo de se expor? O homossexualismo é representado por um grupo muito exigente e hoje todo o mundo do comercio para o mesmo se volta, assim nos afirma os meios de comunicação. Enquanto o poder Legislativo está engasgado com o Código Florestal, o desmatamento da Amazônia é assustador afirmou o Jornal Nacional da Globo. Enquanto o poder Executivo determina o salário mínimo para os trabalhadores e não pode ser real porque a Previdência vai ao fundo do poço e o empresariado não tem como se sustentar, o Ministro da Casa Civil nestes últimos quatro anos multiplicou seus bens por vinte vezes. Aqui está nosso contraste de brasilidade e neste contexto somos chamados a repensar nossas lideranças.

Em nosso Estado todas as articulações são dadas para as próximas eleições, nestas escolheremos os representantes do poder executivo e legislativo no âmbito municipal. Temos até lideres dando saltos de grandes envergaduras. Sair do PC do B para o PNDB é um passa de muita incompreensão. De esquerda radical para uma direita de acasalamento só é compreensível se estiver em jogo a busca do bem pessoal e não o da coletividade. O cidadão que age assim tem direito, mas o povo precisa ser escutado, e, mais ainda, deve questionar. Diante de tudo isto o que o povão está fazendo? Continuar em situação e passividade não diz muito de cidadania.

Em Caicó todo mundo reclama de tudo. Os problemas sociais são palpáveis. O bem estar da cidade, a educação sempre na pior, a saúde cambaleando, a violência sempre crescente e outras coisas piores são conversados aos ouvidos dos vizinhos. Lamuriar não é solução! O cidadão precisa forçar sua cidadania. É urgente torná-la mais clara. As elites que sempre determinaram o nosso modo de viver e conviver estão todas nos seus postos e bem articulados para continuar em seus pontos referenciais. O povão continua na inércia e será sempre assim enquanto não escutarmos a voz do Senhor nos convidando para sairmos de nossos túmulos, apesar de já “cheiramos mal” (cf. Jo, 11,39). Devemos a ter ser “prostrados por terra, mas não aniquilados” (2 Cor4,9). Quem nos garante isto é a fé nascido do compromisso com Jesus Cristo.

O Senhor Jesus convida-nos por sua Igreja, e só aqui Ele se faz corpo, para sairmos de nossos nadas, levantarmo-nos de nossos fétidos túmulos. O primeiro passo é olhar as características de nossos lideres. Os homens, que se põem a frente da coletividade, têm correspondido às buscas do cidadão? Nossos lideres tem compromisso com o bem comum? Os mesmos vieram de lutas populares ou representam interesses dos “donos da situação”? É bom perguntar: quais as razões que os levaram a postos de liderança? Tudo indica que os mesmos estão longe do povo e não os representa, basta escutar o questionamento do povo em suas lutas e decepções. Estas perguntas valem, e, é muito salutar neste período. Respondamos com fé e sem as exultações do período eleitoral.

Com Jesus, a Igreja afirma que se os nossos lideres não assume o bem social, os mesmos entraram neste espaço pulando “as cercas” e como tais são “ladrões e assaltantes” (cf. Jo 10,1) e conseqüentemente vieram “para roubar, matar e destruir” (cf. Jo 10,10). Para responder a legislação das relações homossexuais a Igreja propõe a Pastoral Familiar. Para os novos cargos políticos, a Igreja convida os fieis cristãos a se apresentarem como candidatos e no caso de serem eleitos, muita ascese para não de deixar levar pelo pensar e agir das elites dominantes. A fome assola nossas comunidades a Igreja insiste na organização popular. O povo precisa se organizar para enfrentar a questão da saúde, educação. Contar miséria nunca dá em nada, apenas cria mais ódio e revanche. Contra o enriquecimento repentino dos lideres políticos a Igreja convida a vida simples e comedida. Contra o acumulo de bens a Igreja apresenta a Doutrina Social da Igreja que tem como afirmação base o principio: todo bem tem hipoteca social. Quanto ao desenvolvimento a todo custa a Igreja lembra que “a criação geme em dores de parto” e precisamos fazer acontecer um desenvolvimento que venha em favor de toda a criação e seja sustentável.

Por falar em lideres, que bom pensar em nossos lideres eclesiais! A Igreja convida-nos a rezar pelas vocações sacerdotais e religiosas, pois esta foi preocupação de Jesus em uma noitada de oração (cf. Lc 6,12). Esta vocação deve ser proposta a toda Igreja, em especial a Igreja local. A Diocese de Caicó tem investido satisfatoriamente nesta perspectiva, a todos que entram nesta luta o reconhecimento da fé eclesial. 

Por Pe Neto
Diocese de Caicó

É preciso testemunhar Cristo também nas redes sociais, diz Papa

Existe um estilo cristão presente também no mundo digital, um estilo baseado numa comunicação honesta e aberta, responsável e respeitosa com o outro. Foi o que salientou o Papa Bento XVI em sua mensagem para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será celebrado neste domingo, 5.

Acesse
.: Mensagem do Papa para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais


Comunicar o Evangelho por meio das novas mídias, segundo o Papa, significa não só inserir conteúdos declaradamente religiosos, mas também testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de comunicar escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele.

“Também no mundo digital, não pode haver anúncio de uma mensagem sem um testemunho coerente por parte de quem anuncia. Nos novos contextos e com as novas formas de expressão, o cristão é chamado de novo a dar resposta a todo aquele que lhe perguntar a razão da esperança que está nele”, ressaltou Bento XVI.

As redes sociais já fazem parte do cotidiano das pessoas, logo, o Papa aconselha aos cristãos que se unam com confiança, criatividade, consciência e responsabilidade, para que estas não sejam meios de simples satisfação do desejo de estar presente.

A web, salientou o Pontífice, contribui para o desenvolvimento de formas novas, e mais complexas, de consciência intelectual e espiritual. “Somos chamados a anunciar neste campo, também, a nossa fé: que Cristo é Deus, o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam a sua perfeição”, enfatizou.

Os jovens são os mais envolvidos nesses novos meios de comunicação, mas o Santo Padre alerta que é preciso estar atento para evitar seus perigos da rede, como refugiar-se numa espécie de mundo paralelo ou expor-se excessivamente ao mundo virtual. “Na busca de partilha, de 'amizades', confrontamo-nos com o desafio de ser autênticos, fiéis a si mesmos, sem ceder à ilusão de construir artificialmente o próprio 'perfil' público”, aconselhou Bento XVI.


Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Decisão judicial suspende contrato entre Caixa Econômica e Prefeitura de Caicó

Os salários dos servidores da Prefeitura Municipal de Caicó serão pagos na Caixa Econômica apenas no mês de Maio. Uma decisão proferida pelo Juiz André Melo suspende a continuidade do contrato entre os dois órgãos e determina o prosseguimento do contrato administrativo com o Banco Bradesco. A decisão é válida, apenas, para as movimentações financeiras de Junho. Já as operações referentes ao pagamento dos vencimentos referentes ao mês de maio serão realizadas pela Caixa Econômica Federal.


“Determino a suspensão dos efeitos do ato impugnado referido no Ofício 112/2011 – PMC, de vinte e oito (28) de abril de 2011, bem como determino que se prossiga na execução do contrato administrativo nº 141/2007 até o julgamento de mérito desta ação. Tudo isso, sob pena de multa pessoal diária de um mil reais (R$ 1.000,00) para autoridade tida como coatora. Ressalve-se que ficam resguardadas as operações financeiras já concretizadas pela Caixa Econômica Federal, inclusive o pagamento dos vencimentos dos servidores municipais, referentes ao mês de maio”, diz um trecho da decisão proferida. Confira a decisão no link abaixo:

Abra a decisão clicando aqui

PROFESSORES DO ESTADO DECIDEM CONTINUAR COM A GREVE

A greve continua. A decisão foi tomada em assembleia realizada hoje(31) pela manhã. A avaliação dos presentes é que a greve está forte e precisa ser intensificada, com a presença da categoria nas atividades organizadas pelo Sindicato.


O coordenador geral do Sinte-RN, José Teixeira, observa que a postura da governadora é um desrespeito a toda a sociedade que já está convencida da legitimidade das reivindicações da educação. “O que precisamos é que a categoria se mantenha firme e aumente mais ainda a sua presença nas atividades de greve”, defendeu Teixeira.



Já a coordenadora Fátima Cardoso lembrou que os recordes de arrecadação e a queda do limite prudencial jogaram por terra os argumentos do Governo para não atender as reivindicações do movimento. “O discurso da Governadora Rosalba se esgotou”, afirma Fátima, acrescentando que é hora de reforçar a luta.

A assembleia também deu atenção a questões específicas dos funcionários de escola. Ficou decidido que o SINTE-RN entrará com uma Ação Judicial representando os funcionários da educação, exigindo o pagamento do Plano de Carreira de acordo com a Lei.

A diretora de assuntos funcionais do Sindicato, Janeayre Souto, comemorou a decisão da assembleia: “não podemos ficar reféns da Lei de Responsabilidade Fiscal é preciso lutar de todas as formas para garantir os nossos direitos”, ressaltou.

A Assembleia também contou com a presença de lideranças estudantis. Em seu discurso o vice-presidente da UMES, Pedro Henrique, lembrou que a luta é de todos os que fazem a educação: “Esta é uma luta das duas classes, precisamos nos manter de mãos dadas”, afirmou.



Fonte: Cardoso Silva