quinta-feira, 2 de junho de 2011

Descalabros Sociais.

Enquanto a midia fala dos descalabros na saúde e ultimamente vem apresentando na educação os nossos lideres no poder legislativo empurram “com a barriga” a questão das relações homossexuais a tal ponto que o poder Judiciário assume a questão e passa a legislar sobre a mesma. Tem motivo para o poder legislativo fugir de tal problema a não ser o medo de se expor? O homossexualismo é representado por um grupo muito exigente e hoje todo o mundo do comercio para o mesmo se volta, assim nos afirma os meios de comunicação. Enquanto o poder Legislativo está engasgado com o Código Florestal, o desmatamento da Amazônia é assustador afirmou o Jornal Nacional da Globo. Enquanto o poder Executivo determina o salário mínimo para os trabalhadores e não pode ser real porque a Previdência vai ao fundo do poço e o empresariado não tem como se sustentar, o Ministro da Casa Civil nestes últimos quatro anos multiplicou seus bens por vinte vezes. Aqui está nosso contraste de brasilidade e neste contexto somos chamados a repensar nossas lideranças.

Em nosso Estado todas as articulações são dadas para as próximas eleições, nestas escolheremos os representantes do poder executivo e legislativo no âmbito municipal. Temos até lideres dando saltos de grandes envergaduras. Sair do PC do B para o PNDB é um passa de muita incompreensão. De esquerda radical para uma direita de acasalamento só é compreensível se estiver em jogo a busca do bem pessoal e não o da coletividade. O cidadão que age assim tem direito, mas o povo precisa ser escutado, e, mais ainda, deve questionar. Diante de tudo isto o que o povão está fazendo? Continuar em situação e passividade não diz muito de cidadania.

Em Caicó todo mundo reclama de tudo. Os problemas sociais são palpáveis. O bem estar da cidade, a educação sempre na pior, a saúde cambaleando, a violência sempre crescente e outras coisas piores são conversados aos ouvidos dos vizinhos. Lamuriar não é solução! O cidadão precisa forçar sua cidadania. É urgente torná-la mais clara. As elites que sempre determinaram o nosso modo de viver e conviver estão todas nos seus postos e bem articulados para continuar em seus pontos referenciais. O povão continua na inércia e será sempre assim enquanto não escutarmos a voz do Senhor nos convidando para sairmos de nossos túmulos, apesar de já “cheiramos mal” (cf. Jo, 11,39). Devemos a ter ser “prostrados por terra, mas não aniquilados” (2 Cor4,9). Quem nos garante isto é a fé nascido do compromisso com Jesus Cristo.

O Senhor Jesus convida-nos por sua Igreja, e só aqui Ele se faz corpo, para sairmos de nossos nadas, levantarmo-nos de nossos fétidos túmulos. O primeiro passo é olhar as características de nossos lideres. Os homens, que se põem a frente da coletividade, têm correspondido às buscas do cidadão? Nossos lideres tem compromisso com o bem comum? Os mesmos vieram de lutas populares ou representam interesses dos “donos da situação”? É bom perguntar: quais as razões que os levaram a postos de liderança? Tudo indica que os mesmos estão longe do povo e não os representa, basta escutar o questionamento do povo em suas lutas e decepções. Estas perguntas valem, e, é muito salutar neste período. Respondamos com fé e sem as exultações do período eleitoral.

Com Jesus, a Igreja afirma que se os nossos lideres não assume o bem social, os mesmos entraram neste espaço pulando “as cercas” e como tais são “ladrões e assaltantes” (cf. Jo 10,1) e conseqüentemente vieram “para roubar, matar e destruir” (cf. Jo 10,10). Para responder a legislação das relações homossexuais a Igreja propõe a Pastoral Familiar. Para os novos cargos políticos, a Igreja convida os fieis cristãos a se apresentarem como candidatos e no caso de serem eleitos, muita ascese para não de deixar levar pelo pensar e agir das elites dominantes. A fome assola nossas comunidades a Igreja insiste na organização popular. O povo precisa se organizar para enfrentar a questão da saúde, educação. Contar miséria nunca dá em nada, apenas cria mais ódio e revanche. Contra o enriquecimento repentino dos lideres políticos a Igreja convida a vida simples e comedida. Contra o acumulo de bens a Igreja apresenta a Doutrina Social da Igreja que tem como afirmação base o principio: todo bem tem hipoteca social. Quanto ao desenvolvimento a todo custa a Igreja lembra que “a criação geme em dores de parto” e precisamos fazer acontecer um desenvolvimento que venha em favor de toda a criação e seja sustentável.

Por falar em lideres, que bom pensar em nossos lideres eclesiais! A Igreja convida-nos a rezar pelas vocações sacerdotais e religiosas, pois esta foi preocupação de Jesus em uma noitada de oração (cf. Lc 6,12). Esta vocação deve ser proposta a toda Igreja, em especial a Igreja local. A Diocese de Caicó tem investido satisfatoriamente nesta perspectiva, a todos que entram nesta luta o reconhecimento da fé eclesial. 

Por Pe Neto
Diocese de Caicó

Nenhum comentário:

Postar um comentário