sábado, 13 de março de 2010

Acaba greve dos professores estaduais

Os professores da rede estadual de ensino decidiram, ontem, encerrar a greve durante assembleia na Escola Estadual Winston Churchill. A votação foi apertada, mas a maioria dos presentes aceitou a proposta encaminhada pelo governo do estado e encerrou a paralisação iniciada dia 1º de março. Após a votação, um grupo de professores gritava as palavras "golpista" e "traidora" se referindo à direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN).Além do aumento de 15% no vencimento básico, sendo 7,86% já no mês de março e 7,15% a partir de 1º de julho, os professores foram beneficiados com a instituição de uma comissão a partir de abril para revisar o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) do Magistério Público Estadual, constituição de uma comissão - também em abril - para elaborar o PCCS dos servidores técnicos e administrativos, realização de um concurso público ainda este ano para o preenchimento de quatro mil vagas, sendo 1,5 mil para pedagogos e 2,5 mol para as demais licenciaturas.

Ainda segundo a proposta, a categoria receberá continuidade nas publicações de promoção vertical, encaminhará à Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos de todos os processos de aposentadoria, terá extensão da licença maternidade de quatro meses para seis meses, concessão de licença prêmio a partir de julho de 2010 e pagamento de promoções horizontais em agosto, setembro e outubro de 2006 a partir de maio deste ano.

De acordo com Fátima Cardoso, coordenadora geral do Sinte/RN, as principais reivindicações dos professores foram atendidas pelo governo. O aumento sugerido pelo governo vai deixar o salário dos professores do estado quase igual ao piso nacional que é de R$ 1.131,00. "A proposta não é satisfatória, mas traz ganhos reais para a categoria, especialmente o plano de cargos dos funcionários e a extensão da correção salarial para os aposentados", comentou.

Alunos
Alunos da rede estadual foram até à escola acompanhar a votação e comemoraram a suspensão da greve. Estudante do 2º ano do turno vespertino do Colégio Atheneu, Alan Pereira, 23, era um dos mais animados com a decisão. Segundo ele, sua turma só estava tendo aula de história. "Essa paralisação estava prejudicando muitos estudantes. Agora sim vamos poder dar continuidade em nossos estudos", comemora. Aproximadamente 350 mil alunos foram prejudicados com a greve. Dos 20 mil professores que compõem a rede estadual de ensino, cerca de 60% aderiram à paralisação. Na próxima segunda-feira o ano letivo voltará ao normal.

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