terça-feira, 29 de novembro de 2011

Agências do Banco do Brasil em Caicó e Currais Novos serão subordinadas a Mossoró

O Banco do Brasil (BB) está expandindo o seu modelo administrativo com a criação de duas novas superintendências regionais no Rio Grande do Norte, que responderão pela gestão das agências do BB localizadas em Natal e região metropolitana e em Mossoró e interior do Estado.
De acordo com o Banco do Brasil, a regional Mossoró abrangerá 108 municípios, dentre eles Caicó, Assu, Macau, Pau dos Ferros, Currais Novos. Segundo o órgão, as superintendências foram criadas em virtude da expansão dos negócios este ano, e da compra pelo BB do Banco Postal (marca dos Correios que designa sua atuação como correspondente na prestação de serviços bancários básicos em todo o território nacional).
V & C

MEC corta vagas de cursos de odontologia, farmácia e enfermagem de qualidade insatisfatória

O Ministério da Educação (MEC) anunciou hoje (29) o corte de mais 3.968 vagas em 148 cursos de enfermagem, odontologia e farmácia que obtiveram resultado insatisfatório em avaliações da pasta. Essas graduações ficaram com nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2010, indicador que afere a qualidade da oferta do ensino em uma escala que vai de 0 a 5. As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje.
O corte faz parte do processo de supervisão pelo qual passarão esses cursos em função dos resultados considerados insuficientes. A maior redução foi na área de enfermagem: menos 2.572 vagas. Vinte cursos de odontologia foram afetados totalizando uma redução de 307 vagas. Em farmácia, as medidas atingem 40 graduações e reduzem 1.107 vagas.
O percentual de vagas suspensas variou de 20% a 65% da oferta original dependendo da nota alcançada pelo curso. No caso de graduações que já tinham conceito insatisfatório em 2007 e repetiram o mau desempenho em 2010 foi determinada uma redução adicional de 30%, segundo o MEC.
O ministério pretende suspender até o fim do ano 50 mil vagas em graduações na área da saúde, ciências contábeis e administração que tiveram resultado insatisfatório nas avaliações de 2009 ou 2010. Na avaliação do ano passado, 594 dos 4.143 cursos avaliados tiveram CPC 1 ou 2. A nota 3 é considera satisfatória e os CPCs 4 e 5 indicam que o curso é de boa qualidade.
As instituições de ensino terão o prazo de um ano para cumprir um termo de saneamento de deficiências e melhorar a qualidade da oferta. Após esse período, o MEC faz uma nova avaliação para verificar o cumprimento das exigências. Os cursos sob supervisão que estejam com pedidos de recredenciamento em tramitação no ministério terão os processos suspensos enquanto durar a medida cautelar.

Comperve divulga gabarito do segundo dia de provas do vestibular

A Comissão Permanente do Vestibular (Comperve) divulgou na tarde desta segunda-feira, 28, o gabarito referente ao segundo dia de provas do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), realizado na manhã de hoje.
As provas realizadas na manhã desta segunda-feira, de Língua Portuguesa, Literatura, Geografia e História, que totalizaram 44 questões, também foram disponibilizadas no site da Comissão. O vestibular da UFRN segue até esta terça-feira, 29, quando serão realizadas as questões discursivas.
Confira o gabarito do segundo dia de provas:
01 – C     23 – A
02 – B     24 – B
03 – A     25 – B
04 – D     26 – D
05 – D     27 – A
06 – A     28 – C
07 – D     29 – A
08 – C     30 – D
09 – A     31 – D
10 – D     32 – B
11 – B     33 – C
12 – C     34 – A
13 – C     35 – C
14 – A     36 – D
15 – C     37 – B
16 – D     38 – C
17 – A     39 – A
18 – A     40 – B
19 – D     41 – B
20 – B     42 – A
21 – D     43 – C
22 – C     44 – B
Para consultar as provas, basta acessar o site da Comperve.

Advento, a realização e confirmação da Aliança

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Comperve divulga gabarito do primeiro dia do vestibular da UFRN

A Comissão Permanente do Vestibular (Comperve) divulgou, na tarde deste domingo, 27, o gabarito referente ao primeiro dia de provas do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O processo vale o ingresso do estudante na instituição no ano de 2012.
As provas da manhã deste domingo, que envolveram questões das disciplinas de biologia, química, física, matemática e língua estrangeira, totalizando 60 questões também foram disponibilizadas pela instituição. O vestibular segue até terça-feira, 29.
Confira o gabarito do primeiro dia de provas:
01 – C     31 – D
02 – C     32 – A
03 – A     33 – C
04 – D     34 – B
05 – B     35 – A
06 – D     36 – D
07 – A     37 – B
08 – D     38 – D
09 – C     39 – B
10 – C     40 – A
11 – B     41 – B
12 – C     42 – B
13 – A     43 – A
14 – B     44 – B
15 – A     45 – C
16 – C     46 – D
17 – B     47 – C
18 – A     48 – B
19 – C     49 – A
20 – D     50 – B
21 – C     51 – D
22 – D     52 – A
23 – A     53 – D
24 – A     54 – D
25 – D     55 – C
26 – A     56 – B
27 – A     57 – C
28 – D     58 – B
29 – B     59 – D
30 – C     60 – C
Para ter acesso às provas aplicadas na manhã deste domingo, basta acessar o site da Comperve.

Fonte: tnonline

Apostas na Mega da Virada começam hoje com prêmio de R$ 170 milhões

As apostas na Mega da Virada 2011, edição especial da Mega-Sena, começam nesta segunda-feira (28). A previsão inicial da Caixa Econômica Federal é que o prêmio ultrapasse os R$ 170 milhões, tornando-se um dos maiores da história das loterias no país.

Assim como aconteceu nas duas primeiras edições, o sorteio será realizado na noite do dia 31 de dezembro. Se não houver ganhadores na faixa principal (acertando as seis dezenas), o prêmio será dividido entre os acertadores da quina e assim por diante.

As apostas na Mega da Virada ficarão abertas até o dia do sorteio e custam o mesmo que a aposta regular (R$ 2,00). Apesar de as lotéricas começarem a registrar apostas para o sorteio da Mega da Virada, os sorteios regulares da Mega-Sena continuam a ser realizados normalmente.

Em 2010, a Mega da Virada pagou o maior prêmio da história das loterias na América Latina. Na ocasião foram sorteados R$ 194,3 milhões. Quatro apostadores acertaram os seis números e dividiram a premiação. Cada um levou para casa mais de R$ 48,5 milhões.

Reflexões Sobre Primado de Pedro

Jesus Cristo fundou uma Igreja monárquica, conferindo a S. Pedro o Primado de jurisdição sobre toda a Igreja.
Argumento escriturístico. O Primado de S. Pedro deduz-se das palavras da promessa e das palavras da colação do primado.
Palavras da promessa. As palavras com que Jesus Cristo prometeu a S. Pedro o primado de jurisdição foram conferidas em Cesaréia de Filipo. Jesus interrogara os discípulos para que dissessem que opiniões corriam a seu respeito. S. Pedro em seu próprio nome, por inspiração espontânea, confessou que “Jesus era o Cristo, o Filho de Deus vivo”.
Foi então que o Salvador lhe dirigiu as célebres palavras: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de João, porque não foram a carne nem o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra será desligado nos céus” (Mat. 16, 17-19).
Ponhamos em relevo três pontos deste texto, que provam a nossa tese: Jesus muda o nome de Simão em Pedro. Ora, segundo o uso bíblico, a mudança de nome é sinal de um benefício.
Quando Deus quis estabelecer uma aliança com Abraão e constituí-lo pai dos crentes mudou-lhe o nome de Abram em Abraão (Gen. 17, 4s).
No nosso caso, o novo nome dado por Jesus a Simão, simboliza a missão que Jesus quer lhe confiar. Para o futuro Simão chamar-se-á Pedro, porque há de ser a pedra, ou a rocha sobre a qual Jesus quer fundar a sua Igreja. O trocadilho, que tem toda a sua força na língua aramaica, na qual o nome “Kepha” dado por Jesus á Pedro é masculino e significa rocha, pedra, desaparece em grego e em latim, porque nessas línguas Pedro se diz Petros ou Petrus, e rocha, petra. Pedro será, com respeito à sociedade cristã, à Igreja de Cristo, o que é a rocha com respeito ao edifício: fundamento sólido que assegurará a estabilidade de todo o edifício, rochedo inabalável, que desafiará os séculos, e sobre o qual se virão quebrar as portas do inferno, ou por outras palavras, os assaltos e o poder do demônio.
Finalmente as chaves do reino dos céus foram confiadas a S. Pedro. A entrega das chaves é um privilégio insigne e especial que confere um poder absoluto. Compara-se o reino dos céus a uma casa. Ora, só poderá entrar em casa quem tem as chaves em seu poder, e aqueles a quem ele quiser abrir a porta. Pedro é constituído único intendente da casa cristã, único introdutor do reino de Deus. É inútil insistir mais. A promessa de Cristo é tão clara que não pode haver dúvida acerca da sua significação. Só a Pedro se muda o nome, só ele é chamado fundamento da futura Igreja, só a ele serão entregues as chaves; se as palavras têm algum sentido, só podem significar o primado de Pedro.
Objetam os adversários, segundo sempre a mesma tática, que a passagem da questão não é autêntica e que foi interpolada quando a Igreja tinha já completado a sua evolução e adquirido a forma católica. A prova está em que só Mateus refere as palavras de Nosso Senhor.
Resposta. A objeção fundada no silêncio de S. Marcos e de S. Lucas não tem valor algum. A dificuldade teria alguma força se os adversários conseguissem provar que a narração dessa passagem era exigida pelo assunto que tratavam. Ora, não conseguem fazer essa demonstração; logo, o silêncio dos dois sinóticos deve atribuir-se a motivos literários, que não admitiam a entrada do texto nas suas narrativas.
Palavras da colação. Duas passagens do Evangelho nos atestam que Jesus conferiu efetivamente a Pedro o poder supremo que lhe tinha prometido.
Missão, confiada a Pedro, de confirmar os seus irmãos. Algum tempo antes da Paixão, Jesus anunciou aos apóstolos a sua falta próxima. Quando predisse a de Pedro declarou que tinha orado especialmente por ele:
“Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu com insistência para vos joeirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que não desfaleça a tua fé; e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos” (Luc. 22, 31s).
Quando os Apóstolos, depois de sucumbir à tentação, se erguerem de sua queda, purificados das fraquezas do passado pela prova, como o crivo que aparta a palha do grão, é Simão que tem a missão de os confirmar. Essa missão supõe evidentemente o primado de jurisdição.
S. Pedro é nomeado o pastor das ovelhas de Cristo. A cena passa-se após a Ressurreição. Eis como se refere S. João (João 21, 15-17): Três vezes perguntou Jesus a Pedro se o amava e três vezes Pedro fez protestos de amor e dedicação inabalável. Então o Salvador, sabendo que estava na véspera de deixar os seus discípulos, confia a Pedro a guarda do seu rebanho, isto é, confia-lhe e cuidado de toda a cristandade, dos cordeiros e das ovelhas.“Apascenta os meus cordeiros”, repete duas vezes; e à terceira: “apascenta as minhas ovelhas”.
Ora, conforme o uso corrente nas línguas orientais, a palavra “apascentar” significa governar. Apascentar os cordeiros e as ovelhas é, portanto, governar com autoridade soberana a Igreja de Cristo; é ser o chefe supremo; é ter o primado.
Argumento histórico. Se encararmos a questão somente sob o aspecto histórico, temos duas teses opostas ntre si: a racionalista e a católica.
Tese racionalista. Segundo os racionalistas, o texto “tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”“só teve o sentido e o alcance dogmático, que os teólogos papistas atribuíram no século III, quando os Bispos de Roma dele se tiveram necessidade de fundar as suas pretensões então nascentes” (Sabatier, op. cit., p. 209).
O Primado de S. Pedro nunca foi reconhecido pelos outros apóstolos, mormente por S. Paulo, que nem sempre nomeia Pedro em primeiro lugar (I Cor. 1, 12; 3, 22; Gal. 2, 9), nem receia “resistir-lhe abertamente” (Gal. 2, 11).
Tese católica. Nos Atos dos Apóstolos encontra, o historiador católico, numerosos testemunhos para provar que S. Pedro exerceu o primado desde os primeiros dias da Igreja nascente.
Depois da Ascensão, S. Pedro propõe a eleição de um discípulo para ocupar o lugar de Judas e completar o colégio dos Doze (At. 1, 15-22).
É ele o primeiro que prega o Evangelho aos judeus no dia de Pentecostes (At. 2, 14; 3, 16). É S. Pedro que, inspirado por Deus recebe na Igreja os primeiros gentios (At. 10, 1).
Visita as igrejas (At. 9, 32). No Concílio de Jerusalém põe termo à longa discussão que ali se trava, decidindo que não se deve impor a circuncisão aos pagãos convertidos, e ninguém ousou opor-se à sua decisão (At. 15, 7-12). Se S. Tiago fala, depois de S. Pedro ter emitido o seu parecer, não foi para discutir a sua opinião, mas unicamente porque, sendo Bispo de Igreja de Jerusalém, julgou que se deviam impor aos gentios algumas prescrições da lei mosaica, cuja infração podia escandalizar os cristãos de origem judaica, que constituíam a maior parte do seu rebanho. Pedia S. Tiago que os gentios se abstivessem:
Dos alimentos oferecidos aos ídolos;
Da impureza, que os pagãos não consideravam como falta grave;
Das carnes sufocadas;
Do sangue, cujo uso estava interdito aos judeus (At. 17, 20).
No parecer de S. Tiago essas prescrições evitariam o escândalo dos fracos e serviriam para aplanar dificuldades entre os cristãos de diversas proveniências.
Objetam alguns que S. Paulo nunca reconheceu o primado de S. Pedro. Como se explica neste caso que, três anos depois da conversão, foi a Jerusalém expressamente para o visitar? (Gal. I, 18s). Porque não foi antes a S. Tiago (que era o Bispo de Jerusalém) a aos outros? Não será esta uma prova evidente de que o reconhecia como chefe dos Apóstolos?
Porque é que S. Paulo, replicam, não nomeiam Pedro sempre em primeiro lugar? A razão é simples. S. Paulo nunca faz menção de todo o colégio apostólico, e apenas fala incidentalmente de alguns. As vezes, como sucede na sua Epístola aos Coríntios (I Cor. I, 12), nomeia-os em gradação ascendente, pondo o nome de Cristo depois do nome de S. Pedro. Mas, dizem os racionalistas, não devemos esquecer-nos do conflito de Antioquia, no qual S. Paulo resistiu aberta e publicamente a S. Pedro. Para que os adversários não julguem que procuramos fugir das dificuldades, referiremos aqui o caso com as próprias palavras de Paulo (Gal. 2, 11-14):
“Quando Cefas veio a Antioquia, eu resisti-lhe abertamente, porque era repreensível. Com efeito, antes de chegarem os que tinham estado com Tiago, ele comia com os gentios: mas depois que eles chegaram, subtraía-se e separava-se dos gentios, temendo ofender os que eram circuncidados. E os outros judeus consentiram na sua simulação. Mas quando eu vi que eles não andavam retamente conforme a verdade do Evangelho, disse a Cefas diante de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como os judeus, porque obrigas tu os gentios a viver como judeus?”
Como se vê nessa passagem, o conflito originou-se da famosa questão, levantada pelos judaizantes, a saber, e a lei judaica era obrigatória e se era preciso passar pela circuncisão para entrar na Igreja cristã. Ora, os dois apóstolos – fixemos bem este ponto – estiveram sempre de acordo, defendendo ambos a negativa; portanto, nunca houve conflito entre eles no terreno dogmático. O litígio consistia em que S. Pedro, para não provocar as recriminações dos judaizantes, absteve-se de comer com os gentios que se tinham convertido sem passar pelo judaísmo.
Esta maneira de proceder podia ser diversamente interpretada. Podia ser uma simples medida de prudência justificada pelo fim que se queria obter. Sendo um, apóstolo dos circuncidados e outro dos incircuncisos, não é para admirar que os dois apóstolos tenham adotado posturas diferentes nesta questão disciplinar. Não se conta porventura nos Atos dos Apóstolos que o próprio S. Paulo, numa circunstância idêntica, procedeu do mesmo modo, circuncidando Timóteo por causa dos judeus que havia naquelas regiões (Lístria e Icônio), apesar das suas convicções serem diversas? (At. 16, 3).
Também se podia tomar o procedimento de S. Pedro por covardia ou hipocrisia: deste modo o julgou S. Paulo. Pensou que para evitar as funestas consequências do procedimento de S. Pedro, devia repreendê-lo. É um caso de correção fraterna dada por um inferior, e na qual este parece ter faltado na moderação e deferência devidas a um superior hierárquico, deixando levar-se por um zelo indiscreto.
Se S. Paulo, objetamos nós, dava tanta importância ao procedimento de S. Pedro, não será porque a sua influência nas Igrejas era maior e mais incontestável? Logo, podemos concluir que o conflito de Antioquia, longe de ser um argumento contra o primado da Pedro, é testemunho em seu favor.

Notas
Texto Extraido do Manual de Apologética Conego A. Boulenger cit., p. 31-34

Fonte: catolicosdobrasil.com