segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Por que há pouca participação de fiéis nas igrejas?

É fato conhecido que a frequência de fiéis aos atos litúrgicos dominicais se apresenta de maneira muito diferenciada de um lugar para outro. Há aquelas regiões onde as igrejas estão sempre cheias aos domingos. Por isso elas têm mais facilidade para manter os trabalhos pastorais, ter boa catequese, erigir belas igrejas, despertar muitas vocações sacerdotais. "Uma só coisa peço ao Senhor: habitar em sua casa por toda a minha vida" (Sl 27,4).

Já em outras regiões, há muitas atividades civis no Dia do Senhor, mas, nas igrejas, só aparecem uns "gatos pingados". Nelas, há muita dificuldade em cumprir qualquer plano pastoral, os templos são desleixados, não há catequese e, no seu horizonte, não desponta nenhuma vocação sacerdotal nem líder religioso. Sempre fui curioso para descobrir por que algumas pessoas, apesar de serem convictamente católicas, raramente frequentam a igreja. "Vou propor-vos um enigma" (Jz 14,12).

As 4 razões poderiam ser estas, acrescidas de melhores explicações por parte de quem enxerga mais longe.
1 – As ausências à igreja poderiam provir de motivos circunstanciais, como estado de saúde precária, grave cansaço, distância, perigos de vida;
2 – Os serviçais da Liturgia são dirigidos por pessoas muito difíceis de lidar, o padre é muito temperamental, não existe esforço por parte de ninguém para melhorar o canto ou não há criatividade; só se percebe mesmice sem entusiasmo;
3 - Percebe-se uma solerte influência inibidora de religiões que não buscam a oração comum. Sua tradição está distante da vida comunitária. Os espiritualistas promovem atos de caridade – o que é louvável –, mas não estimulam seus membros a se reunir e prestar culto a Deus. Eles não ensinam isso aos católicos, mas essa mentalidade passa, "por osmose", onde sua presença é muito forte;
4 – O último motivo chega até a ser polêmico, mas muito real. Algumas pessoas não têm vida ilibada, podem ser mentirosos, injustos, devassos, infiéis no casamento, promotores de discórdia ou falhos na sua fé.

Tudo isso numa graduação diversificada. Tais pessoas não se sentem à vontade entre cristãos que querem praticar justamente o contrário. Ficar longe de tal comunidade é a tendência mais normal. "Os injustos não permanecem de pé junto da assembléia dos justos" (Sl 1,5). Você concorda? Ou podem existir mais razões?

D. Aloísio Roque Oppermann scj

domingo, 23 de outubro de 2011

O avesso de mim

"O mais importante do bordado é o avesso é o avesso" (Jorge Vercillo e J. Velloso)

Nossa sociedade tornou-se sinônimo de agitação; já não encontramos tempo para mais nada. Desejamos que o dia tenha trinta horas, porque as 24 horas que temos parecem poucas para tantas demandas próprias do nosso cotidiano. Divorciamo-nos da paciência e hoje somos prisioneiros da pressa. Buscamos o futuro sem viver o presente. Nas tramas da vida, os bordados de nossa história são, por vezes, mal feitos e tortos.

A arte do bordado carrega em si um grande ensinamento para nossa vida. Se o avesso do bordado estiver perfeito, o bordado também estará perfeito. No entanto se o avesso do bordado estiver defeituoso, o bordado também estará imperfeito, mesmo que, ao primeiro olhar, ela pareça bonito.

Muitos corações estão com o avesso mal acabado. Há linhas de sentimentos soltas e nós de incompreensões mal arrematados. A princípio muitos seres humanos apresentam-se perfeitos, mas basta um minuto a mais na companhia destes "bordados" e descobrimos que ainda há muitas linhas soltas na alma humana. A vida agitada impediu que eles arrematassem o que ainda estava incompleto.

O bordado é um processo que tem o ritmo da paciência. Algumas peças levam muito tempo para ficarem prontas e belas. E o tempo é fundamental para quem se propõe a realizar um bom trabalho. O processo de vivenciar o tempo é fundamental na vida de quem deseja que seu avesso seja arrematado com perfeição. O fruto verde não amadurece antes do tempo que lhe cabe. Nossos sentimentos precisam se reconciliar com as estações de nossa alma. Colher o que ainda está verde prejudica o sabor das experiências maduras.

O avesso de muitas pessoas está desfigurado e mal cuidado. A pressa e a busca por soluções imediatas têm prejudicado muitos na arte de se fazerem humanos. Não existe bordado perfeito se as tramas e as linhas do avesso de nossa alma estiverem mal arrematadas.

Na mitologia grega, Ariadne foi a heroína que deu a seu amado um novelo de lã para que ele conseguisse sair com vida de um perigoso labirinto – bastava seguir o fio para achar o caminho. Muitos precisam encontrar o fio da sua vida para sair dos labirintos que os aprisionam. Seguir o fio da vida é nos aventurarmos através dos labirintos de nosso avesso complexo e ainda não terminado.

O que torna o bordado de nossa vida mal terminado é a pressa em querermos ser aquilo que o tempo ainda não amadureceu. Os bordados de nossas atitudes serão tão belos à medida que permitirmos que Deus arremate, no tempo que Lhe cabe, o avesso de nossa alma. Nos bordados de nossas experiências descobriremos que o avesso de nossa alma precisa de um cuidado que se chama tempo.
Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG). Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP.
Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre (MG)

Padre Flávio Sobreiro

Domingo, 23 de Outubro --- 30º Domingo do Tempo Comum

Evangelho (Mateus 22,34-40)


— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo,
34os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”
37Jesus respondeu: “‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!’ 38Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. 40Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sábado, 22 de outubro de 2011

9 hábitos que acabam com a prisão de ventre

A prisão de ventre atinge uma em cada 10 pessoas no mundo. E o pior: esse incômodo é bem mais comum em mulheres! O sofrimento com o intestino preso acontece quando faltam alimentos ricos em fibras e líquidos no corpo. Assim, o intestino fica com dificuldade para trabalhar.

Vários outros fatores podem provocar esse mal. A falta de exercícios físicos regulares é um deles. A idade avançada, a obesidade e a gravidez são outros fatores que podem deixar o intestino preguiçoso. Segundo Flávio Antonio Quilici, gastroenterologista da Faculdade de Medicina da PUC Campinas, o ideal é jamais segurar a vontade de ir ao banheiro. Veja abaixo o que mais é possível fazer.

Seu intestino anda preguiçoso demais quando...

· Você tem uma sensação de estufamento na barriga.

· Sofre de sangramento anal.


· Sai do banheiro com a impressão de que não evacuou tudo.


· Sente dores de estômago.


· Vai ao banheiro muito menos do que gostaria (às vezes, pode até passar uma semana sem conseguir eliminar as fezes).

9 hábitos que eliminam esse mal

1. Mantenha uma alimentação rica em fibras

2.
Coma devagar.

3.
Mastigue bem (e sem pressa) todos os alimentos.

4.
Não se esqueça nunca de fazer as três refeições principais do dia.

5.
Evite ingerir muitas massas com farinhas, batata ou chocolate.

6.
Beba dois litros de líquidos por dia (pode ser água ou sucos naturais).

7.
Sempre que tiver vontade de ir ao banheiro, vá. Não segure!

8.
Esqueça os laxantes. Só use-os com recomendação médica (e não abuse).

9.
Faça exercícios regulares, no mínimo três vezes por semana. Vale caminhada, natação, bicicleta...

Coma fibras agora mesmo

As fibras têm um papel importante no combate ao intestino preso. O ideal é ingerir de 25 a 40 g desse alimento por dia. Confira o que você pode e deve comer.

Vegetais:
Feijão, fava, soja, lentilha, ervilha, grão-de-bico.

Cereais integrais:
Pão, arroz, massa, aveia.

Oleaginosas:
Noz, avelã, amêndoa.

Sementes:
Gergelim.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Com salários de 4 mil a 10 mil reais, INSS oferece 1.875 vagas em concurso público

A menos de três meses do fim do ano, os candidatos a concursos terão mais uma oportunidade de ingressar na carreira pública. O Ministério do Planejamento autorizou ontem a abertura de 1.875 vagas para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Do total, 1.500 postos são para o cargo de técnico de seguro social, atribuição que exige nível médio, e 375 para perito médico, ocupação para a qual é exigida a graduação em medicina. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Os salários podem variar entre R$ 8.600,00 e R$ 9.824,53, para nível superior, dependendo da carga horária escolhida (ainda não definida). Para nível médio, os ganhos são de R$ 4.192,00. O instituto tem um prazo de três meses para organizar o certame, mas ainda não há previsão de lançamento do edital. Os aprovados serão convocados gradualmente, com a primeira leva tomando posse em março — 900 vagas de técnico e 150 de perito. Em julho, 500 técnicos e 100 peritos assumirão. O restante será nomeado em outubro e novembro.

MEC orienta alunos para as provas do Enem que começa amanhã

Uma das orientações do Ministério da Educação (MEC) aos 5,3 milhões de candidatos que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste fim de semana (22 e 23 de outubro) é que confiram, antes de começarem a prova, se o número de questões do caderno corresponde ao do cartão de resposta. O estudante também deve verificar se os seus dados pessoais estão corretos.A determinação foi incluída no edital do Enem de 2011 e é uma tentativa de reduzir possíveis transtornos como os ocorridos no ano passado, quando alguns candidatos receberam cadernos de prova com erros de impressão que continham um número menor de questões do que o previsto. Por conta do erro, o MEC teve que reaplicar a prova a um grupo de 9 mil alunos. A orientação nesse caso é que o participante informe o problema ao fiscal de sala imediatamente para que ele possa trocar o material.
Para evitar cola, o Inep faz versões diferentes da prova, cada uma identificada por uma cor. Em 2010, foram adotadas azul, amarelo, branco e rosa. As questões são as mesmas, mas organizadas em ordem distinta. O candidato precisar marcar no cartão de respostas a cor do caderno que recebeu para que o gabarito seja corrigido na ordem correta. Tanto a prova objetiva quanto a redação só podem ser preenchidas por caneta esferográfica de tinta preta. O uso de lápis e borracha não é permitido. Esses materiais serão recolhidos antes da prova, junto com celulares, relógios e outros aparelhos eletrônicos, e só poderão ser retirados pelo candidato ao término do exame.
A redação, que será aplicada no domingo, deve ser um texto do tipo dissertativo-argumentativo de, no máximo, 30 linhas. Ele deverá ser desenvolvido a partir do tema que será proposto na prova – em 2010, o tema foi trabalho escravo. O MEC alerta que redações que fujam do tema ou tenham menos de sete linhas receberão nota zero.

Vaticano e Bispos da Itália deploram violência e destruição de imagem da Virgem de Lourdes em Roma

O Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, deplorou a violência e a destruição de um crucifixo e uma imagem da Virgem da Lourdes durante a manifestação dos “indignados” em Roma que se uniram ao protesto mundial (15- O, em referência a 15 de outubro) deste movimento surgido na Espanha.
No sábado 15 de outubro um grupo de vândalos em Roma saquearam lojas e bancos, queimaram veículos e enfrentaram as forças da ordem. Faziam parte de uma manifestação que começou na Praça da República e que terminou na Plaza São João do Latrão na Cidade Eterna.
O Pe. Lombardi disse no dia 16 de outubro sobre estes fatos que “a violência ocorrida ontem em Roma é inaceitável e injustificada. Condenamos toda a violência e também aquela contra os símbolos religiosos”.
A manifestação do sábado era parte da iniciativa mundial que uniu centenas de cidades como Barcelona, Nova Iorque, Sydney, entre outros, aonde os “indignados” protestaram por “uma mudança global” da situação econômica, política e social.
A cruz e a imagem da Virgem de Lourdes que destruíram os manifestantes em Roma se encontravam na antiga paróquia dos Santos Marcelino e Pedro em Latrão.
O jornal vaticano L’Osservatore Romano (LOR) recolhe em sua edição para o dia 18 de outubro as declarações do Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, quem afirmou que “não podemos não expressar nosso total rechaço pela violência organizada por facínoras que turvaram a muitos que tentavam manifestar de modo pacífico suas preocupações”.
O Vigário do Papa para a diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, disse à sua vez que “a violência gratuita que profanou imagens sagradas, a agressão a pessoas e a destruição de coisas não podem ser não justificadas”.
“Roma, cidade acolhedora, que recebe a cada dia milhares de peregrinos e turistas, ficou agora ferida”, acrescentou.
O Arcebispo de Milão, Cardeal Angelo Scola, disse em sua homilia de ontem na festa da dedicação da Catedral dessa cidade que “ofende-nos profundamente como cristãos a destruição da estátua da Virgem e a profanação do crucifixo, mas o episódio, além de nos ofender, entristece-nos muito e nos enche de dor de maneira grave porque expressa uma grave violência do sentido comum do humano”.
É necessário, disse o Cardeal, “responder com paz e justiça, reagir no sentido nobre da palavra, construindo boas relações. Não podemos sofrer tudo de modo inelutável”.
O LOR conclui ressaltando que nos 82 países onde se deram os protestos, “não se registrou felizmente graves desordens. Em Nova Iorque a polícia prendeu 40 pessoas que não obedeceram a ordem de sair de Times Square. Mas não há rastros de violência, exceto os de Roma”.