quinta-feira, 26 de maio de 2011

Detran registra queda de 40% no número de aprovados para tirar CNH

O índice de aprovação nos exames para conseguir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pelo Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) caiu 40%. O percentual, que passou de cerca de 100% para 60%, é resultado de uma série de medidas tomadas pelo órgão nos últimos 60 dias para coibir a corrupção denunciada pelo Diário de Natal/O Poti no mês de março. Os dados foram divulgados ontem pelo próprio Detran.

O esquema de irregularidades envolvia a venda de carteiras com participação de servidores do Detran e funcionários das autoescolas. Dos 103 Centros de Formação de Condutores (CFC) do estado, oito ainda estão sem funcionar devido a irregularidades na documentação e dez estão sendo investigados por "driblarem" o sistema online que constata a presença dos alunos. Uma garantia de que as modificações deverão continuar é a resolução 358 do Contran que entra em vigor no dia 31 de agosto deste ano. A publicação traz novas normas para abertura das autoescolas.

A primeira mudança implementadapelo Detran após as denúncias foi trocar todos os peritos da prova prática. Policiais militares foram colocados no lugar dos 18 avaliadores, distribuídos em outros setores do órgão. De acordo com o diretor da Detran, Érico Vallério Ferreira de Souza, os PMs irão continuar na mesma função. " O que começará a ser colocado em prática é o rodízio de policiais", salientou. O diretor lembrou que os servidores denunciados pelo esquema de corrupção ainda estão sendo investigados pelo órgão. Na ocasião, três autoescolas tiveram suas licenças de funcionamento cassadas. Além disso, 37 CFCs foram temporariamente suspensos por irregularidades na documentação. Conforme a controladora do Detran, Márcia Marques, apenas oito continuam com os serviços suspensos.

Segundo Érico Vallério, fiscalizações frequentes estão sendo realizadas em todas as auto escolas do estado. Um cronograma foi montado para a equipe de 13 fiscais - no início do ano eram apenas 5. A controladora afirmou que diversos estabelecimentos apresentam algum tipo de irregularidade. Porém, a situação mais presente é o "drible" no sistema digital que confirma a presença dos alunos. " O que mais a gente encontra é autoescola em que o aluno coloca a presença e não fica para a aula", declarou Márcia Marques. Dez CFCs estão nessa situação perante o Detran. Os processos estão trâmitando e aguardam um posicionamento da direção em relação ao assunto. "Precisamos ter muita cautela. A primeira penalidade é notificar, depois advertir e, por fim, cassar", disse o diretor.

Como medida para coibir a "compra de carteiras" a Controladoria do órgão fez um novo banco de provas escritas. "Há oito anos eram as mesmas provas. Os alunos já sabiam o conteúdo", apontou o diretor. Os denominados provões estão sendo realizados em Natal somente online. Márcia acredita que essa seria também uma forma de amenizar a corrupção.

Fonte-DN

O tesouro da honradez. Não se pode relativizar princípios e normas morais

O evangelista João narra no final do primeiro capítulo do seu Evangelho o elogio à honradez de Natanael, que encontrado por outro discípulo, Filipe, foi abordado com a boa nova de ter encontrado Jesus. Ao ouvir a notícia Natanael reagiu, fazendo consideração preconceituosa ao expressar descrédito a respeito do que poderia ter de bom em Nazaré, na Galileia. O comentário de Jesus, dirigindo-se a Natanael, foi que ele era um verdadeiro israelita, no qual não havia falsidade. Este ficou surpreso e quis saber de onde Jesus o conhecia. A resposta, carregada de simbolismo, indica que o Mestre o vira debaixo da figueira. O contexto revela que era um homem sério e de fé, para além dos próprios limites. Porém, banhado por preconceitos, frutos de sentimentos ou de inteligência estreitos, mas que privilegiava a busca da verdade e do bem.

Essa cena evangélica remete a pessoa humana e as instituições à seriedade da condição moral, tocando o exigente desafio de articular princípios e valores como garantia de condutas e abordagens que teçam a honradez como tesouro indispensável para a vida pessoal, social e política. Honradez se constrói com honestidade. No entanto, está comprometida na consideração quanto à honra como valor, a qual, parece, está em baixa no tempo atual. Explica-se a confusão pela qual passam instituições, grupos, famílias e outros segmentos da sociedade. Não se pode omitir a desordem entre instituições brasileiras, uma imiscuindo-se no que é próprio da outra, exorbitando competências.

A honradez que sustenta e dá consistência se compromete facilmente em razão da falta de fidelidade. Isso exige sacrifício e coerência com princípios, identidades e, também, com o prometido no assumir lugares, cargos, responsabilidades, missões e tarefas próprios de cada instituição, partido ou instância. A avaliação da honradez é um balizamento que articula o que se assume como postura e obrigação, em confronto com princípios éticos e morais que norteiam a instituição à qual se pertence, ao partido afiliado, à academia na qual se ocupa um lugar, ao clube escolhido... Não pode ser diferente ao se tratar de instituição religiosa.

É interessante ouvir falar de fidelidade partidária. Sua desconsideração, em razão de jogos ideológicos e interesses cartoriais, ou os mesquinhamente individuais, provoca a lambança política que desfigura um parlamento, usurpado no poder próprio pela corte suprema, aplaudida como corajosa - embora com ato inconstitucional; transforma uma assembleia legislativa em palco de negociatas, ou câmaras municipais um lugar de mediocridades. O politicamente correto vence e, como afirmam juristas respeitados, o Parlamento não tem coragem de anular a decisão de um Supremo Tribunal Federal (STF) que usurpou sua competência constitucional.

Não é diferente quando o tesouro da honradez se compromete por parte de religiosos e, em particular, dos que assumem lugares e condições consagradas no serviço e na fidelidade a princípios e valores éticos e morais da fé que professam. Sob pena de equívocos graves e comprometedores na profissão de fé, não se pode radicalizar, por exemplo, no âmbito social e relativizar em questões e princípios morais.

É preciso retomar o assunto abordado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) quanto à união estável de pessoas do mesmo sexo, ao afirmar: “a diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural”. A afirmação de que todos merecem respeito nas opções que fazem, com repúdio a todo tipo de violência e discriminação, não pode relativizar princípios e normas morais que permitam equiparar, pura e simplesmente, a família com a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A fidelidade a valores, princípios e normas morais dá à Igreja o direito - e é um dever que tem – de questionar e confrontar-se com instituições, como o STF, a propósito de interpretações que levam a equívocos e comprometimentos éticos na política.

Voltando ao tema da honradez, é natural pressupor que a profissão da fé cristã católica tenha em conta essa orientação e esse embasado entendimento. Particularmente, é uma exigência para os que se consagram à missão do anúncio dessas verdades. O compromisso com a honradez é evidente pelo comprometimento da fidelidade prometida. Fica, então, evidente a manipulação de oportunidades e o usufruto indecente de benesses institucionais, chamando ações disciplinares e correção de rumos para não comprometer o que conta para todos os cidadãos, em especial para o discípulo de Jesus, o tesouro da honradez.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte

quarta-feira, 25 de maio de 2011

CCJ do Senado aprova plebiscito para criação do novo Estado

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou hoje projeto que prevê a convocação de um plebiscito sobre a criação do Estado de Tapajós. O novo Estado resultará da separação de 27 municípios do sul e sudeste do Pará, entre eles a cidade de Santarém, tida como a futura capital no caso de efetivação da proposta.
O projeto foi aprovado há 11 anos no Senado e agora retorna à Casa porque foi alterado pelos deputados. Eles incluíram dois novos municípios, Mojuí dos Campos e Senador José Porfírio, na área do futuro Estado. O texto terá ainda que ser examinado no plenário.

Por Anna Ruth

XXXVIII Exposição Agropecuária do Seridó é destaque para o proximo final de semana

A XXXVIII Exposição Agropecuária do Seridó já tem data marcada. Será de 27 a 29 de maio no Parque de Exposições “Monsenhor Walfredo Gurgel”. O evento deverá reunir cerca de mais de dois mil animais entre bovinos, ovinos e caprinos. A Emparn, promotora do VIII leilão “Seridó Terra do Leite”, no sábado, dia 28, vai levar 15 animais do seu plantel. Os 15 lotes que estarão do “Seridó Terra do Leite” são de bovinos das raças Guzerá, Pardo Suiço, Sindi, Gir e mestiças, além de três lotes de muares e asininos. O parcelamento, em 16 vezes, não tem cobrança de juros.

O evento acontece no Parque de Exposição Monsenhor Walfredo Gurgel, às margens da BR-427, e irá contar com shows, apresentações culturais e Leilão de bovinos. Para os agricultores interessados em participar do evento é necessário procurar o Banco do Nordeste ou Banco do Brasil para fazerem o cadastro.

Na programação, shows artísticos e apresentações folclóricas; Feirão do Pronaf; torneio leiteiro; julgamentos de animais; exposição e comercialização de máquinas e implementos agrícolas; Festival Gastronômico e a realização do VIII Leilão Seridó Terra do Leite, promovido pela Emparn, que oferece animais de qualidade genética superior.

A Emater-RN promoverá, além de cursos e oficinas dirigidos aos agricultores familiares, um Dia de Campo no sábado (21), reunindo produtores de todos os municípios da região. Bovinocultura Leiteira, Reservas Estratégicas de Forragem e Ordenha Higiênica são algumas das palestras que acontecerão durante o evento. Será na sexta-feira (27), a partir das 9h, no sítio Barra da Espingarda. 38ª Exposição Agropecuária de Caicó é promovida pela Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), em parceria com a Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores (Anorc) e Associação Norte-rio-grandense de Criadores de Ovinos e Caprinos (Ancoc), com apoio da Emater-RN, Emparn, Ceasa, bancos do Brasil e do Nordeste.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Prefeitura de Caicó convoca funcionários

A partir deste mês o funcionalismo municipal receberá seu pagamento através da Caixa Econômica Federal.  Nesse sentido, a Prefeitura de Caicó está convocando todos os servidores municipais para comparecerem no Salão de Reuniões do Centro Administrativo, das 8 as 18h, a partir do próximo dia 27, para receberem os cartões magnético da Caixa Econômica Federal.
A Prefeitura ainda Alerta aos servidores que ainda não entregaram a documentação solicitada para abertura de sua conta corrente e ainda aos que não comparecerem nos dias mencionados,  acarretará no atraso do recebimento do pagamento referente ao mês de maio/2011.
Cronograma de entrega:

Dia 27 – Servidores com os nomes iniciados de A até E

Dia 28 – Servidores com os nomes iniciados de F até J

Dia 29 – Servidores com os nomes iniciados de M até K

Dia 30 – Servidores com os nomes iniciados de N até Z

Juíza dá prazo de 60 dias para Governo nomear concursados da Polícia Civil

A juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública de Natal, Érika de Paiva Duarte Tinôco, deu prazo de 60 dias para o Governo do Estado nomear e dar posse aos candidatos aprovados no concurso da Polícia Civil no estado do Rio Grande do Norte. Os cargos são de delegados, agentes e escrivães, que serão nomeados “dentro do número de vagas previstas no Edital, obedecendo rigorosamente a ordem de classificação”, conforme estabelece a decisão judicial.
A decisão foi tomada nesta segunda-feira (23) e anexada aos autos do processo nesta terça (24). A juíza Érika Tinôco ressalta, na decisão, que a nomeação dos candidatos aprovados no concurso deve se dar dentro do número de vagas estabelecidos no Edital, “já que para a remuneração destes foi realizada a adequação orçamentária quando da abertura do certame”.

Amar com acolhida e maturidade é permitir que o outro seja o que é

Em meio ao mundo exigente e extremamente rápido (corrido…) em que vivemos atualmente, é fato que as pessoas acabam se tornando cada vez mais inclinadas a ser intolerantes, impacientes e propensas a rotular as outras. Sufocados por tantos dilemas e exigências, poucos conseguem ter a devida paciência para com os demais e muitos, se não alcançam respostas imediatas em um relacionamento (nos mais variados âmbitos), acabam desistindo das pessoas que deles buscavam se aproximar.
Descobrir alguém leva tempo. E quando nos tornamos superficiais demais, desistindo facilmente diante do primeiro desencanto, acabamos por perder a feliz oportunidade de descobrir pessoas maravilhosas. Não é porque a pessoa não sorriu como quereríamos ou porque tenha um defeito latente, que temos o direito de encarcerá-la em um rótulo infeliz.

Acredito que todos queiram ser bons e felizes, e todos lutam por isso. Pode ser que não sejam compreendidos assim – ou não se percebam assim -, mas, no fundo, buscam isso. Pode ser que palavras inicialmente ásperas sejam, no fundo, o pedido de socorro de alguém que recebeu pouco amor na vida e que, desesperadamente, pede que o ensinemos a amar.
Pode ser que as atitudes que mais o irritem em alguém sejam a prova do esforço profundo de um coração querendo sinceramente fazer o bem, e que nisso precisa ser estimulado/ensinado, para assim poder revelar suas melhores potencialidades.

Mesmo que o amor que recebamos não seja do jeito tínhamos buscado ou idealizado… mesmo assim é amor. Os gestos e iniciativas de amor que possam soar repugnantes para nós, podem ser o tudo do que o outro pode nos dar no momento. Precisamos aprender a acolher o que as pessoas conseguem oferecer hoje, valorizando o que elas nos oferecem.
Não podemos ser cruéis a ponto de destruir em nós aqueles que não se acomodam aos nossos estereótipos e expectativas infantis.

O verdadeiro amor se expressa em um acolhimento que permite ao outro ser simplesmente o que é, sem precisar representar para nos agradar e, assim, ser aceito. Amar é acolher e buscar compreender (o que não é fácil…). Dessa forma será possível permitir que o outro, neste universo de verdade e liberdade, se revele, expressando o amor como sabe, pois só desse modo este poderá aprender – a partir do amor/acolhida que recebeu – a melhor forma de amar e se ofertar.
Eis o desafio: amar com acolhida e maturidade, sem exigir que o outro se transforme em uma representação fiel do que “estabeleci” como verdade e valor! Assim as pessoas poderão ser, de fato, pessoas ao nosso lado – em vez de coisas –, e na verdade do que recebemos e ofertamos, poderemos também nós nos tornar melhores, sem a exigência desumana de precisarmos nos alienar para ser aceitos.

Diácono Adriano Zandoná