quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Retirada de escombros de prédio no ABC deve terminar nesta quarta

Infográfico prédio São Bernardo 20h50 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Os bombeiros devem terminar nesta quarta-feira (8) a retirada das lajes do prédio que desabaram nesta segunda (6) em São Bernardo do Campo, matando duas pessoas e ferindo seis. O trabalho de remoção dos escombros continuou pela madrugada desta quarta. Por volta das 5h50, a área em volta do Edifício Senador permanecia isolada. O trabalho do Corpo de Bombeiro era feito manualmente no subsolo. A corporação não contava no horário com o auxílio de uma máquina usada na remoção dos escombros que quebrou. As buscas por corpos foram encerradas na noite desta terça-feira (7). O anúncio aconteceu pouco após os bombeiros encontrarem e retirarem o corpo da enfermeira Patrícia Alves, de 25 anos, nos escombros. A vítima, única desaparecida que ainda era confirmada, foi encontrada por volta das 19h30, retirada às 20h20 e reconhecida por um parente. Os pais da jovem acompanhavam o trabalho dos bombeiros e tinham esperanças de que a filha fosse encontrada viva. Ao receber a notícia a morte, o casal teve de ser amparado. Na noite de segunda, o corpo de uma menina de 3 anos foi localizado pela corporação em meio aos destroços. Júlia Moraes estava com o pai na recepção de um consultório médico esperando pela mãe, que passava por uma consulta, quando o desabamento aconteceu. O pai da garota ficou ferido. A mãe dela também sobreviveu. A vítima foi enterrada na tarde desta terça. Outras seis pessoas ficaram levemente feridas, incluindo o pai de Júlia. Ele permanecia internado o Hospital São Bernardo nesta terça-feira.
Causas
Uma reforma na laje do último andar do prédio por conta de infiltração de água pode ter causado o desabamento parcial do edifício Senador. O reparo ocorreu no 13º andar, a cerca de dois metros de distância onde ocorreu a queda do bloco da laje, afirmou o delegado Victor Vasconcellos Lutti, do 1º Distrito Policial (DP) de São Bernardo do Campo. “Foi feito um reparo [na laje] e esse reparo pareceu não ser conveniente, no sentido de não ter sido feito da forma como deveria ter sido. O profissional não usou a técnica correta”, disse o delegado na tarde desta terça. Segundo Lutti, a obra ocorreu em um espaço onde ficavam guardados materiais do prédio. Policiais subiram até o último andar do edifício e checaram que tanto a obra quanto o vazamento existem no local. A hipótese de problema com a obra surgiu após o depoimento de uma das três testemunhas ouvidas pelo delegado na noite de segunda. A pessoa, que não foi identificada pelo delegado, afirmou ter ouvido comentários no edifício sobre o reparo e possíveis problemas há cerca de um ano. ”Não podemos afirmar hoje que foi isto ou aquilo, porque depende de um laudo técnico”, disse Lutti. Ele afirmou que vai pedir a planta inicial do prédio para comparar eventuais mudanças no edifício.

Fonte: g1.com

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