sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Barrichello sofre "bullying" de mais novos, mas refuta parar no quintal de casa

Os cabelos estão escassos. A estreia na Fórmula 1 aconteceu há 19 anos. E ele ainda pode fazer sua última corrida na categoria no próximo domingo justamente no local que é praticamente o quintal da casa de seus avós na Zona Sul de São Paulo. Pode parecer pouco, mas essas informações bastaram para que Rubens Barrichello virasse alvo de "bullying" na entrevista coletiva oficial do GP Brasil.

Na quinta-feira, Bruno Senna e Felipe Massa não pouparam as brincadeiras com a idade de Barrichello. "Ele tinha bastante cabelo naquela época", se intrometeu Massa quando Rubinho respondia uma pergunta sobre sua primeira corrida do veterano em 1993.


Depois foi a vez do caçula Bruno Senna também responder a uma brincadeira de Rubinho: "Bem, veremos quando eu chegar na sua idade", respondeu Bruno a Barrichello quando o mais experiente brincou ao falar que o sobrinho de Ayrton Senna estava com boa aparência no filme sobre o tio.


Barrichello estreou em 1993 na Fórmula 1. Nesse período, 13 pilotos brasileiros entraram e saíram da categoria. E só Felipe Massa e Bruno Senna estarão no grid no domingo.


Em meio às brincadeiras, Barrichello corre sem aspirar grandes resultados, pelos resultados ruins que o carro da Williams apresentou desde o início da temporada. Neste ano ele pontuou em apenas duas corridas, em Mônaco e no Canadá, ambos com o nono lugar, somando o total de quatro pontos, enquanto o companheiro Pastor Maldonado somou apenas um tento.


O piloto é recordista de provas disputadas, se preparando para a sua 326ª corrida da carreira. Ele ainda não tem um contrato para 2012, quando pode completar duas décadas na F-1. E se nega a fazer uma despedida em Interlagos, local de amor e ódio nesses últimos 19 anos.


Barrichello viveu de tudo nas 19 provas disputadas no autódromo brasileiro, com direito a três pole positions, corridas destacadas com carros medianos, um pódio com a Ferrari e o impressionante número de 11 abandonos, sendo dois quando ele liderava e se não fossem as quebras tinha boas chances de conseguir o que nunca alcançou na pista: a vitória.


"Acho que seria triste eu estar preocupado com o meu futuro. Eu tive 19 amáveis temporadas, você pode ver o quanto desejo ao Bruno todo o sucesso no futuro, ele está tendo seu segundo ano, um e meio mais precisamente, trabalhando duro para ficar. Eu estive aqui por 19 temporadas, tenho feito isso por muito tempo e ainda tenho muita disposição, então me sinto bem. Não estou pedindo favor a ninguém", afirma Barrichello.


Enquanto ainda há indefinição sobre seu futuro, Barrichello recebe apoio para permanecer até de quem não se esperava tanto, como o alemão Michael Schumacher, apontado como um desafeto de Rubinho após o período de dupla na Ferrari.


"Cruzo meus dedos para que não importe só o dinheiro e sim a qualidade, pois ele [Barrichello] deveria ter um lugar no ano que vem", afirmou Michael Schumacher sobre a situação do piloto que foi seu vice-campeão duas vezes.


Fonte: UOL

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