quinta-feira, 21 de julho de 2011

TAS mantém só advertência, e Cielo

O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) manteve a decisão da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) de apenas aplicar apenas uma advertência a Cesar Cielo, flagrado em antidoping. Com isso, o campeão olímpico e mundial está liberado para disputar o Mundial de Xangai, a partir da madrugada de sábado para domingo (horário de Brasília). O caso tinha sido levado ao TAS pela Federação Internacional de Natação (Fina), que, após analisá-lo, sugeriu uma suspensão.

Nicholas Santos e Henrique Barbosa, que testaram positivo para a mesma substância, também receberam somente uma advertência, pena mínima em casos de furosemida - a máxima é de dois anos.


Vinícius Waked, reincidente, foi suspenso por um ano, a contar a partir de maio. Em fevereiro do ano passado, ele foi punido por dois meses por uso de isometepteno - alegou ter ingerido sem conhecimento ao tomar um remédio para dor de cabeça.


Se fosse suspenso por mais de seis meses, Cielo ficaria fora das Olimpíadas


O campeão olímpico previa pegar no máximo dois meses de suspensão, o que permitiria a ele disputar o Mundial. Caso a punição fosse de mais de seis meses, de acordo com a Regra de Osaka, ele ficaria automaticamente fora da próxima edição das Olimpíadas (Londres-2012). Em setembro, a regra será julgada pelo TAS. O Comitê Olímpico americano tenta derrubá-la.


Nicholas e Henrique tinham se classificado para o Mundial, mas perderam as vagas porque seus índices foram conquistados durante o Troféu Maria Lenk, em maio, quando foram flagrados no antidoping. Os resultados dos quatro nadadores no campeonato foram anulados.


Treino entre o julgamento e o anúncio


Do fim do julgamento, em uma universidade de Sheshan, até o resultado passaram-se 18 horas. Na manhã desta sexta, Cielo treinou em uma das piscinas auxiliares disponíveis pela organização, fora do Centro Oriental Esportivo, palco do Mundial.


O julgamento durou quase seis horas. Nele estiveram presentes, além dos quatro nadadores, três árbitros e um consultor do TAS, três advogados - um dos atletas, um da Fina e um da CBDA - e pelo menos cinco testemunhas: Coaracy Nunes (presidente da CBDA), Alberto Silva (técnico de Cielo), Gustavo Magliocca (médico de Cielo), Sandra Soldan (ex-triatleta e médica da CBDA) e Ricardo de Moura (superintendente técnico de natação da CBDA).


Entenda o caso


Cesar Cielo e os três nadadores foram flagrados em exames realizados nos dias 7 e 8 de maio, durante o Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro. No início de julho, a CBDA divulgou o caso depois de decidir apenas aplicar advertência e anular os resultados deles no campeonato. O painel de controle de doping da entidade levou em conta o "histórico dos atletas". Eles teriam explicado como o diurético furosemida entrou no organismo e que não houve aumento de desempenho.


Cielo comprava os suplementos " à base de cafeína " em uma farmácia de manipulação de Santa Bárbara D'Oeste sua cidade natal. Segundo ele, o produto foi contaminado. A CBDA disse que o estabelecimento enviou um relatório avisando sobre uma suposta contaminação das cápsulas por falta de limpeza no balcão onde as pílulas são produzidas. O estabelecimento, no entanto, negou ter assumido o erro pelo doping do nadador, mas admitiu a possibilidade de ter acontecido contaminação pelo ar.


No dia 8 de julho, o TAS recebeu da Fina um pedido formal de julgamento do caso de doping dos quatro brasileiros com urgência. A entidade sugeriu a troca da advertência dada pela CBDA por uma suspensão, a contar a partir de maio, quando os nadadores atestaram adverso para furosemida.


Fonte: G1.com

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