O bebê Alisson Guedes da Silva, de apenas oito meses de idade, foi morto a pauladas, pelo pai, na manhã de ontem, no bairro de Santa Rosa. O corpo foi encontrado por vizinhos em cima da cama dos pais da vítima com sinais de espancamento e pauladas na cabeça. O pai da vítima, o albergado Carlos Alberto Guedes da Silva, 28, fugiu, mas foi preso horas depois. Ele disse que matou o filho porque se irritou com o choro da criança. A mãe não foi encontrada na casa.
O acusado foi preso pela Polícia Militar, horas depois de praticar o crime, no bairro do Pedregal. Ele reagiu e sofreu ferimentos leves. No final da manhã, a Polícia Civil prendeu a mãe, a doméstica Ana Lúcia da Silva, 23. Ela estava caminhando a esmo em uma rua e negou ter presenciado o crime. “Sai de casa bem cedo para ir na casa minha mãe buscar leite e deixei ele com as crianças”, afirmou.
Dezenas de moradores que acompanhavam o trabalho dos peritos e dos policiais militares ficaram revoltados e ameaçaram linchar o assassino. Os profissionais que atenderam a ocorrência também ficaram indignados.“Em mais de 30 anos de trabalho, nunca vi tamanha barbárie. Meu corpo todo tremia com a cena que encontramos”, contou o perito da Unidade de Medicina Legal (UML), Marcos Antônio.
Irmãos viram agressão
O crime contra o bebê foi praticado na frente dos dois filhos mais velhos do casal. A tia da vítima, Maria Lúcia Guedes da Silva, contou que o filho mais velho de cinco anos, viu o pai matando o irmão. “Essa monstruosidade não pode ficar impune com uma criança inocente. Só Deus tem misericórdia da gente”, desabafou emocionada.
Segundo ela, o casal é usuário de crack e briga constantemente. Carlos Alberto cumpriu pena por assalto e tráfico de drogas no Presídio do Serrotão, mas havia quebrado o albergue há cinco meses. Segundo os peritos da UML, o bebê foi espancado até a morte. “Provavelmente foi morta a pauladas e como reação da violência defecou na cama”, contou a perita Érica Rodrigues.
Depois de preso, Carlos Alberto confessou o crime. “Ele estava chorando muito, não tinha o que dar para comer e dei umas tapinhas”, contou. O delegado Danilo Borba, prendeu Carlos em flagrante e vai investigar se a mãe teve participação no assassinato. De acordo com ele, a mãe do bebê vinha sendo monitorada pelo Conselho Tutelar por ser acusada de negligência com os filhos. O delegado também está investigando a possibilidade da criança ter sido estuprada, hipótese que só poderá ser confirmada após a conclusão do laudo pericial. “Na verdade achamos importante investigar esta possibilidade pelo fato da criança ter defecado, mas não há nada concreto”, disse.
Fonte: Roberto Flávio
Fonte: Roberto Flávio
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