terça-feira, 18 de maio de 2010

Amor e dorgas levam jovens à prisão


“Fui pega com 14 quilos de crack, me envolvi por amor. Quando me dei conta já estava recebendo dinheiro, depositando até R$ 80 mil por semana e indo buscar droga em Natal (RN). Cheguei a trazer pra João Pessoa até 80 quilos de crack de uma só vez. Guardava a droga na minha casa. E guardaria até mais. Pois, quando a gente ama, a gente faz loucuras”. O depoimento é da potiguar “Karol”, 24 anos, uma das 240 detentas que estão presas no Centro de Reeducação Feminino Maria Júlia Maranhão, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.
A menos de um mês do Dia dos Namorados, detentas revelam que por amor, entraram no crime. Elas se envolveram com chefes do tráfico e algumas acabaram assumindo os “negócios” dos companheiros. Quase 50% das detentas dessa penitenciária estão presas por tráfico de drogas e muitas delas por causa dos namorados e maridos. A maioria é jovem e tem entre 20 e 35 anos.
O secretário de Cidadania e Administração Penitenciária, Carlos Mangueira, disse que as mulheres já representam 5% da população carcerária da Paraíba. São cerca de 400 presas de um total de 8 mil apenados em todo Estado.
No presídio, as detentas fazem cursos e oficinas de confecção de bolsas, bijuterias, costura e depilação. “O objetivo é que elas saiam daqui com um curso profissionalizante e possam refazer suas vidas com seus filhos e longe do crime”, afirmou a diretora Susana Santos.

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