9 – Robert Kubica (POL)
10 – Vitaly Petrov (RUS)
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10 – Vitaly Petrov (RUS)
A Renault-Lotus (Lotus Renault GP Team, novo nome da equipe) foi a última das três equipes a lançar seu novo carro nesta segunda-feira. Sobre o R31, que será pilotado pelo polonês Robert Kubica e pelo russo Vitaly Petrov estão depositadas todas as esperanças de Gerard Lopez, dono do grupo Genii, que comprou a Renault em 2010, e de Dany Bahar, presidente do Grupo Lotus, responsável pela fábrica de esportivos, que pertence ao governo malaio e adquiriu parte das ações do time. O dinheiro que financiou a operação não tem origem muito clara e a montadora ainda briga com a Lotus de Tony Fernandes pelo uso do tradicional nome.
Uma enorme confusão, em suma. Como se não bastasse, a Renault-Lotus ainda anunciou uma infinidade de reservas para Kubica e Petrov. Bruno Senna, que acertou contrato na última semana, e o francês Romain Grosjean serão os terceiros pilotos. O chinês Ho-Pin Tung, o malaio Fairuz Fauzy e o tcheco Jan Charouz serão os “reservas dos reservas” e integrarão a academia de pilotos da equipe. Para que tantos possíveis substitutos com os testes no meio da temporada proibidos é uma grande interrogação. De qualquer forma, parece que é uma boa maneira de pressionar Petrov, que não andou o esperado na temporada passada.
Especificamente sobre o R31, parece ser um carro com boas soluções aerodinâmicas. Se a pintura preta e dourada ficou longe da beleza esperada (ainda mais com o berrante vermelho da Total nas asas), o local de saída do escapamento provocou grande mistério. Como ela não está aparente, causou as especulações da imprensa. O que é certo, porém, está é uma das novidades do modelo, um risco assumido pela equipe, que pode render bons dividendos. As novas regras de distribuição de peso e o retorno do Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers) provocaram um aumento de 50 milímetros na distância entreeixos do carro.
Ou seja: ficou claro que o R31 é uma ruptura com a linha adotada pela equipe nos modelos dos últimos anos. O bico, ao contrário da tendência deste ano, tem uma superfície côncava, parecida com os chifres lançados pela RBR no passado, mas que se alonga até muito próximo do cockpit. A parte traseira do carro também está mais robusta, com as laterais mais altas para a acomodação do Kers, e a tampa do motor voltou a ter um desenho mais tradicional, sem a barbatana de tubarão que virou moda nos últimos anos. A equipe também criou uma asa traseira com a extremidade inferior mais arredondada, quase que integrada ao difusor.
A intenção da equipe é buscar uma vaga entre as três primeiras no Mundial de Construtores e lutar por vitórias. Se analisarmos o desempenho do time nos últimos anos, de resultados medianos e várias polêmicas, é um objetivo excessivamente ambicioso. Mas concordo que um dos melhores caminhos para tentar se destacar é ousar no projeto de seu carro. E o R31 tem boas soluções aerodinâmicas. Se vão funcionar, só veremos na pista. Mas é fato que a pressão por resultados será enorme. Robert Kubica terá um desafio daqueles neste ano e terá de mostrar mais uma vez seu talento na Fórmula 1. Esta, pelo menos, é uma garantia para a equipe.
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