terça-feira, 17 de maio de 2011

Como era de se esperar o Governo não investigará Palocci

O Palácio do Planalto decidiu que não vai promover nenhuma investigação em relação à evolução patrimonial do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) e às origens dos recursos que permitiram que sua empresa, a Projeto, adquirisse um apartamento e um escritório no valor de R$ 7,5 milhões, como revelou a Folha ontem.

O recado foi dado pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), que participou de reunião com a presidente Dilma Rousseff e o próprio Palocci, pela manhã.

"Para nós, o assunto está encerrado e nós estamos muito satisfeitos com esse resultado. Vamos para a frente", disse o ministro, na tarde desta sexta-feira. Gilberto Carvalho se baseia nas conclusões da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

No início da tarde, o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, declarou que não caberia ao grupo analisar a evolução patrimonial do ministro.

Segundo o ministro, o governo precisa se "ater ao presente".

"Quando a presidenta convida o ministro Palocci para ser seu ministro, o que nos interessa é o comportamento dele nesse período, se ele vai auferir ou não alguns bens de maneira legítima ou não dentro do governo. É isso que nos interessa. Quanto ao passado de cada um dos ministros, não cabe ao governo fazer nenhum tipo de investigação", disse.

A importância de Palocci para o governo Dilma também foi destacada pelo ministro, que também se disse contrário a uma eventual convocação do ministro-chefe da Casa Civil para dar explicações no Congresso, como pretende a oposição.

"A comissão de ética encerra para nós essa questão. Palocci é fundamental para esse governo, tem demonstrado uma grande competência, um incrível empenho no apoio à presidenta e na coordenação do governo. Vamos tocar a vida para a frente, porque nós temos muito trabalho e o Palocci precisa trabalhar muito para o nosso país", afirmou.

Fonte: Folha.com

Presidente a Associação dos familiares do voo 447 reclama de falta de informação.

O presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, Nelson Faria Marinho, afirmou nesta segunda-feira ter sido informado apenas por meio da imprensa que os dados armazenados nas caixas-pretas do avião da Air France poderão ser analisados pelos investigadores.

O Airbus A330 que fazia o voo Rio-Paris caiu no Atlântico em 2009, matando 228 pessoas.

"Minha principal preocupação não é a caixa-preta, mas o resgate dos corpos. A Justiça francesa vai se manifestar na próxima quarta-feira pelo recolhimento ou não dos corpos, mas essa decisão cabe aos familiares, não à Justiça. Já protestamos contra essa medida e esperamos que a decisão seja pela retirada [dos corpos]", disse.

"As famílias precisam encerrar esse ciclo, ter alguém para enterrar. Não importa se o corpo está em mau estado, pois os outros, que foram encontrados logo depois do acidente, também estavam. Então, é um símbolo, o fim de uma agonia", afirmou.

Marinho disse que aguarda ser recebido pela presidente Dilma Rousseff para discutir a posição do governo no acompanhamento das investigações sobre o acidente. "Não podemos deixar tudo na mão dos franceses, temos que acompanhar atentamente."

Fonte: Folha.com

Há 94 anos o céu visitou a terra

Era 13 de maio de 1917, uma manhã de domingo como tantas outras, quando o céu se abriu e Nossa Senhora veio visitar a terra, trazendo um apelo de conversão para toda a humanidade. Escolheu como mensageiros os humildes pastorinhos da Serra de Aire, Jacinta de 7 anos, seu irmão Francisco, de 9, e sua prima Lúcia, de 10 anos.
O lugar escolhido também surpreende pela simplicidade. A Cova da Iria era uma terra de pastagens para o rebanho de ovelhas, coberta de uma vegetação rasteira, pedras e algumas árvores, como a azinheira, utilizada por Nossa Senhora do Céu como púlpito, para falar aos pequeninos e por intermédio deles ao mundo inteiro.
O fato é que, há 94 anos, o 13 de Maio é um marco na história de Portugal, da Igreja e do mundo. A vida daquelas crianças também mudou completamente depois daquele dia. Fiéis ao apelo de Nossa Senhora: «Oferecei a Deus todos os sofrimentos que Ele vos enviar, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores».
Os Três Pastorinhos entregaram-se a esta sua grande missão, principalmente pela recitação diária do terço e a prática de sacrifícios, de tal modo que já em 1919 e 1920, respectivamente, Francisco e Jacinta foram levados ao céu. E depois de a Santa Igreja ter reconhecido as virtudes heroicas deles e um milagre por meio da intercessão deles, o Papa João Paulo II – no dia de 13 de maio de 2000 – declarou-os beatos, reconhecendo assim o cumprimento heroico da missão que receberam de Nossa Senhora.
Na terceira aparição da Virgem Maria às crianças – em julho de 1917, Lúcia recebeu de Nossa Senhora uma missão específica: «Jesus quer servir-Se de ti, para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração». Missão que ela assumiu com muito empenho durante toda a vida.
Em outubro daquele mesmo ano, conforme a Senhora havia prometido, concluiu-se o ciclo das aparições. Aquele dia ficou marcado com o surpreendente “Milagre do Sol” – historicamente certo e reconhecido inclusive pela ciência. Diante deste sinal de Deus, o bispo D. José nomeou, em maio de 1922, uma Comissão Canônica para o processo Diocesano das Aparições e em 13 de outubro de 1930 declarou como dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria, permitindo oficialmente o culto a Nossa Senhora de Fátima que, a esta altura, já atraía milhares de peregrinos de diversas partes do mundo ao local.
A essência da Mensagem de Fátima é chamar a atenção dos homens para as verdades eternas da salvação. Sua primeira exigência é a reparação das ofensas cometidas contra Deus, contra Jesus e contra o Imaculado Coração de Maria.
Jacinta Marto, a mais nova entre os três videntes, expressava esta verdade quando já enferma – e totalmente absorvida pelo desejo do Céu – vivia seus últimos dias aqui na terra. «Se os homens soubessem o que é a eternidade, faziam tudo para mudar de vida», proclamava ela.
Francisco, que tinha caráter firme e era, segundo relatos, o mais radical nas penitências, era de poucas palavras e de muita oração. Sabendo que seria logo levado ao Céu pela Branca Senhora, não queria outra coisa senão consolar o coração de Jesus com suas orações e penitências. Enquanto a sua irmã e a prima iam à escola, ele aproveitava para ficar com “Jesus Escondido”, como costumava referir-se à Santíssima Eucaristia.
À Lúcia foi confiada – pela Virgem de Fátima – a missão de nos transmitir a Mensagem de Fátima, guardar por um tempo “o Segredo de Fátima” e ser, durante sua vida na terra, um sinal concreto de fé e esperança para os peregrinos e devotos de Nossa Senhora. Faleceu aos 98 anos, em 13 de fevereiro de 2005.
Noventa e quatro anos já se passaram e a Mensagem de Fátima parece-nos ecoar com ainda mais vigor. As inúmeras graças alcançadas e o número cada vez maior de peregrinos que vêm à Cova da Iria são sinais evidentes da presença real da Mãe de Deus neste lugar.
Apoiemo-nos com fé na promessa que Nossa Senhora nos fez: «Por fim meu Imaculado Coração triunfará» e caminhemos como fiéis peregrinos rumo à salvação eterna.
Dijanira Silva