20 – Jarno Trulli (ITA)
21 – Heikki Kovalainen (FIN)
No ano passado, estreia da então Lotus Racing (atual Team Lotus), o objetivo era fazer um carro bem convencional para evitar surpresas desagradáveis. Mas em 2011, após o acordo feito com a RBR para usar o câmbio do time austríaco e a chegada da Renault, sua nova fornecedora de motores, a ideia é justamente a oposta. A equipe do empresário malaio Tony Fernandes ousou na concepção do T128 e adotou conceitos radicais, como a quilha dividindo a entrada de ar para o propulsor, colocadas nas laterais dos capacetes de seus pilotos, novidade lançada pela Mercedes em 2010. A peça terá de ser mais grossa do que a da equipe alemã, por causa de mudanças no regulamento técnico da categoria para esta temporada.
A equipe técnica do Team Lotus é capitaneada pelo diretor Mike Gascoyne, que ficou marcado por bons carros em equipes pequenas e médias no fim da década de 1990, e por fiascos ao longo dos últimos anos. A intenção do time com o novo T128 é, primeiramente, fugir das últimas posições e começar a brigar com as equipes no meio do pelotão. O dirigente está otimista e acredita que o modelo tem tudo para brigar por boas colocações nesta temporada. Os pilotos foram mantidos para 2011: o italiano Jarno Trulli, já perto da aposentadoria, e o finlandês Heikki Kovalainen, que superou o companheiro com facilidade na segunda metade de 2010.
Além de Trulli e Kovalainen, titulares, a Lotus anunciou seus reservas para 2011: serão o italiano Davide Valsecchi e o brasileiro Luiz Razia, que foi piloto de testes da Virgin em 2010 e teve um bom desempenho nos testes para novatos em Abu Dhabi, no fim de novembro. O baiano de 22 anos andará com o T128 em, no mínimo, quatro treinos livres de sexta-feira, inclusive o do GP do Brasil, além de alguns testes de pré-temporada. Valsecchi e Razia também disputarão o campeonato da Fórmula GP2 (asiática e europeia), principal categoria de base da F-1, pela equipe júnior da Lotus, o Team Air Asia.
Se o objetivo é andar mais à frente, o Team Lotus terá de lidar com uma dificuldade. A equipe confirmou que não terá o Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers) neste início de temporada. Os dirigentes e engenheiros não afastam a possibilidade de adotar o equipamento até o fim do ano, mas não dão certeza. Apesar da eficiência na pista e do contexto ecológico, a tecnologia ainda é muito cara para ser bancada pelos times novatos. Por isso, infelizmente, deveremos ter a categoria dividida entre os com e os sem Kers.
Ainda sobre o Team Lotus, deveremos ouvir falar mais da equipe, ao menos neste início de ano, por causa da briga judicial com o Grupo Lotus, que patrocina e comprou ações a Renault neste ano. O caso está se arrastando na Justiça inglesa, mas todos nós torcemos por uma resolução rápida. O fato é que o T128 tem potencial para andar bem em 2011. Vamos ver ser as mudanças serão boas na pista.
globo.com
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