Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira (23) que o governo mantém a proposta de reajuste anual de 6,14% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo.
Segundo o ministro, não existe mais consenso na Câmara dos Deputados em torno de um reajuste de 7%, portanto, Lula manteve a proposta inicial, acordada com centrais sindicais quando a medida provisória foi editada.
“O governo abriu conversa para discutir a proposta de 7%, mas ficou claro que não existe acordo na Câmara. Na medida em que não há consenso, mantemos a proposta inicial”, afirmou. Padilha não descartou que o presidente possa vetar a medida provisória se ela for aprovada no Congresso Nacional com a emenda que aumenta o reajuste para 7,7%.
“Não é a primeira vez que o presidente pode vir a vetar leis que comprometem a responsabilidade fiscal”, disse. Questionado se aumento de 7% seria razoável, o ministro afirmou que a possibilidade não foi tratada durante a reunião.
Um reajuste de 7,7% representaria um aumento de R$ de 1,8 bilhões nos gastos públicos, enquanto um reajuste de 7% representaria um gasto extra de R$ 1,1 bilhão. Um terço dos aposentados no Brasil recebem mais que um salário mínimo, totalizando 9 milhões de pessoas, segundo Padilha. O ministro informou que na próxima semana Lula deve se reunir com líderes da Câmara para tentar um acordo.
Também estiveram presentes à reunião desta sexta o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, o ministro interino da Fazenda, Nelson Machado, e a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.
O Globo
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