quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Novo diretor admite que Dnit ainda pode ter irregularidades

Indicado para assumir a diretoria-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), o general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, reconheceu nesta terça-feira (23) que ainda podem haver irregularidades no órgão.

"Deve ter muito problema em potencial. [...] Estamos falando em R$ 14 bilhões contratados em obras com base em que projetos? Eu não sei", afirmou Fraxe em sabatina no Senado Federal na qual citou o orçamento do Dnit previsto para este ano.


"Nós temos que reavaliar a estrutura organizacional no Dnit, dando uma estrutura compatível com a missão que ele tem", afirmou o general, que substitui Luiz Antonio Pagot. Ele foi indicado pela presidente Dilma Rousseff após uma série de acusações de corrupção no Ministério dos Transportes e nos órgãos ligados à pasta e agora aguarda aprovação dos senadores. Ao todo, 28 servidores foram afastados, incluindo o ministro da pasta, Alfredo Nascimento.


Indicado para a diretoria-executiva do Dnit, Tarcísio Gomes de Freitas disse que o órgão está "no nível mais baixo na gestão de projetos".


"O Dnit deve passar por uma reestruturação, por uma reengenharia. É preciso elevar o nível de maturidade em gestão de projetos", afirmou Freitas, auditor da CGU (Controladoria-Geral da União)


Embora tenha defendido o uso de aditivos de preço --mecanismo que eleva, sem licitação, o valor de obras e serviços em andamento--, Fraxe reconheceu que eles devem ter seu uso diminuído. "O aditivo não pode ser demonizado, mas à medida que tivermos melhores projetos [...] vamos ter menor necessidade de aditivos."


Os senadores presentes reforçaram o pedido para que a nomeação de superintendentes do Dnit e dos demais servidores não ocorra por indicação política, mas pela qualificação técnica.


O debate foi acompanhado pelo senador Blairo Maggi (PR-MT), cujo afilhado político, Luiz Antonio Pagot, foi afastado da direção do Dnit.

Nenhum comentário:

Postar um comentário