A Caixa Econômica Federal pretende usar impressões digitais em vez de cartão e senha para identificar os cidadãos na hora de pagar benefícios previdenciários --como aposentadoria-- e recursos do programa Bolsa Família e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ideia é evitar fraudes.
Para isso, nesta quinta-feira (18), a Caixa assinou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para usar os dados do cadastro biométrico de eleitores. A tecnologia do cadastro biométrico permite identificar o cidadão pela impressão digital.
No futuro será possível sacar benefícios sem usar senha e cartão, apenas por meio da digital do cidadão, segundo o vice-presidente de Tecnologia da Caixa, Joaquim Lima de Oliveira. A Caixa é responsável pelo pagamento de 12 milhões de benefícios do Bolsa Família.
Porém, ainda não é possível dizer quando isso acontecerá de fato, segundo a assessoria de imprensa da Caixa.
No momento, a Caixa tem projetos pilotos de uso do cadastro biométrico nas cidades de Luziânia e Formosa, em Goiás, e em Fortaleza. Nessas cidades, os cidadãos recebe o pagamento do Bolsa Família identificando-se por meio da impressão digital.
No próximo mês, será a vez de Jundiaí, em São Paulo, participar do projeto piloto.
Segundo a assessoria de imprensa da Caixa, em setembro o banco deve começar a cadastrar os dados biométricos de beneficiários do INSS no interior de São Paulo.
Atualmente, a Caixa tem os dados biométricos de 4.000 pessoas, segundo a assessoria. O ritmo de cadastramento deve acelerar com a parceria com o TSE. Segundo o presidente do órgão, Ricardo Lewandowski, nas eleições de 2010 foi feito o cadastramento biométrico de cerca de 1 milhão de eleitores.
Para as eleições municipais de 2012, a expectativa é mais 10 milhões de eleitores cadastrados. Em 2018, Lewandowski prevê que existirão cerca de 150 milhões de eleitores e todos terão o cadastro biométrico.
Parceria
Em contrapartida ao recebimento dos dados do TSE, a Caixa vai fornecer 500 equipamentos aos tribunais regionais eleitorais (TREs) para que seja feito o cadastramento biométrico dos cidadãos.
Na cerimônia da assinatura do convênio com o TSE, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, destacou que o cadastro biométrico ajudará a evitar fraudes. “Com essa parceria, vamos agilizar o nosso processo, garantir um controle maior do pagamento desses benefícios”, disse.
Os dados de eleitores cadastrados pelos TREs serão repassados à Caixa. Segundo Lewandowski, será priorizado o cadastramento de quem recebe benefícios pagos pelo banco. “O recadastramento impedirá fraudes, equívocos na identificação de eleitores e auxiliará no processo das eleições”, ressaltou o presidente do TSE.
O recadastramento feito pelos tribunais também será o primeiro passo para o Registro de Identidade Civil (RIC) – documento único que substituirá a carteira de identidade, o CPF e o título de eleitor, entre outros – a ser emitido, em futuro próximo, pelo Ministério da Justiça.
Fonte: Uol. com (Com informações da Agência Brasil)
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