por Thiago Perin, do blog Ciência Maluca
Os cientistas não param. E, se os comentários que a gente recebe aqui no site da SUPER são bons indicativos de alguma coisa, devem ouvir inúmeros “vocês não têm mais o que fazer?” por aí. Ok, não é a cura do câncer ou da Aids, não é a solução para o aquecimento global ou para a fome na África. E às vezes, a gente concorda, parece mesmo que eles estavam se divertindo horrores, em vez de trabalhando, enquanto desenvolviam um ou outro estudo bizarro. Mas é ciência – devida e deliciosamente maluca, mas relevante e séria (é, séria!) ainda assim. Então, para aliviar um pouquinho a barra dos caras (e se divertir mais um tanto), que tal relembrar algumas das pesquisas mais bacanas que apareceram por aqui em 2010?
10. Canhotos são mais mal humorados
E pudera: eles vivem em um mundo feito para destros, que pode tornar qualquer ato corriqueiro, como abrir uma lata de ervilhas, um desafio digno de programa de TV. Mas nem é só isso: pesquisadores dos EUA contam que as duas metades do cérebro dos canhotos se comunicam de uma forma diferente do que as dos destros. E esse estilo de comunicação, muy amigo, acaba priorizando as emoções negativas.
9. Redes sociais afetam o cérebro do mesmo jeito que a paixão
Interagir no Twitter ou no Facebook, por mais rapidinho que seja (na experiência feita por cientistas dos EUA, 10 minutos já foram suficientes para que o efeito desse as caras), aumenta os níveis do “hormônio do amor”, a oxitocina, em nosso cérebro. O que dá uma sensação de prazer comparável a estar com alguém querido, mesmo que você esteja solitário em frente à telinha. Pronto: está explicado por que a gente ama muito tudo isso.
8. Bebês gordinhos viram jovens pegadores
De novo lá dos EUA, veio a constatação de que bebês rechonchudinhos tendem a virar jovens garanhões quando crescem. A culpa é da famosa testosterona, que está ligada tanto ao ganho rápido de peso nos primeiros seis meses de vida quanto à virilidade física no futuro – o que, é claro, garante um sucesso especial com o sexo oposto. E o interesse das moças certamente vai além de apertar as bochechas.
7. Música romântica deixa mulheres mais “facinhas”
Nos comentários do post, várias mulheres assumiram que cairiam mesmo no “truque” da música romântica. E vários homens prometeram, agradecidos, fazer o teste na primeira oportunidade. Tudo porque uma experiência de psicólogos franceses mostrou que a trilha sonora adequada (devidamente melosa) pode deixar as moças mais sujeitas a aceitar a cantada de um desconhecido. E aí, já testou? Ou já caiu nessa?
6. Sexo faz o cérebro crescer
Essa foi das notícias que deixam todo mundo feliz, quando os meios e os fins empolgam, talvez, em igual proporção. Em experiências com ratos, cientistas norte-americanos constataram que a cópula frequente aumentava a quantidade de neurônios no hipocampo dos bichos, e também o número de conexões entre eles. Já os que eram privados do bem bom, pobrezinhos, só registraram aumento no nível de estresse.
5. Mercúrio faz pássaros virarem gays
Eles são fofos, simpáticos e, ainda por cima, cabeça aberta. Pesquisadores dos EUA e do Sri Lanka mostraram que a exposição a doses significativas de mercúrio pode alterar o comportamento dos íbis machos a ponto de fazê-los paquerar e (quando correspondidos, é claro) adotar outros machos como companheiros. Há quem diga que os ninhos deles são os mais bem-decorados da mundo animal.
4. Crianças que mentem viram adultos bem-sucedidos
Seu filho anda contando lorotas por aí? Pode ficar feliz: eletem tudo para se dar bem na vida. Essa pesquisa veio lá do Canadá, e causou polêmica. Mas, longe de incentivá-la, os pesquisadores só usam a mentira como indicador de um desenvolvimento mental especialmente rápido nos pequenos, o que aumenta suas chances de sucesso na vida adulta. Que todo mundo mente, é fato. Certos estão os que começam bem cedo.
3. Homens gordinhos são melhores de cama
Na pesquisa sobre sexo menos animadora da história, especialistas da Turquia calcularam que os rapazes com uns quilinhos a mais, graças a um desequilíbrio hormonal causado pelo alto IMC (Índice de Massa Corporal), levam em média 7,3 minutos para atingir o orgasmo – pouco, mas supersignificativos 5,5 minutos a mais do que os que não têm problema com o peso. Ou seja: se gabar nesse campo ninguém está podendo.
2. Esquilos se masturbam para evitar DSTs
Mistura de fofura com perversão, o estudo dos EUA contou para a gente um pouquinho sobre os hábitos sexuais dos esquilos: logo depois da cópula, os machos têm o hábito de “limpar” os órgãos sexuais via masturbação, para evitar ganharem uma bela DST de alguma fêmea promíscua – que pode copular com até 10 machos em três horas. E fazem isso em público, para o deleite do observador mais saidinho, sem qualquer inibição.
1. Pessoas inteligentes bebem mais
O post mais retuitado da história do CIÊNCIA MALUCA agradou e polemizou em níveis provavelmente iguais. Veja bem: não é que o álcool aumente a inteligência de ninguém. Mas estudos feitos nos EUA e no Reino Unido indicam que são as pessoas com capacidades cognitivas mais altas as que não abrem mão de um, ou dois, ou três, ou quatro, ou… Enfim, de alguns drinks aqui e ali. Tudo indica que seja um traço evolutivo, mas ninguém ainda sabe ao certo. Seja como for, que tal um brinde?
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