Daí a economista Marie Connolly, da Universidade de Princeton (EUA), cruzou dados oficiais sobre a rotina de trabalho dos americanos a registros de estações meteorológicas do país inteiro. O objetivo: descobrir se um dia chuvoso afeta o número de horas diárias em que um profissional comum trabalha. E afeta sim – quase nada entre as mulheres, mas bastante entre os homens (e de um jeito não tão óbvio). O estudo mostra que o homem passa, em média, 30 minutos a mais no trabalho em dias de chuva. O expediente estica ainda mais quando se fala em cidades de clima tradicionalmente seco: aí são quase 50 minutos extras de labuta quando chove. (No caso das mulheres, os resultados foram bem menos significativos, provavelmente porque a maioria dos dados analisados era de “cobaias” masculinas: até onde se sabe, o tempo ruim faz elas trabalharem só três minutos a mais.) E a explicação para esse “profissionalismo” todo é que a chuva diminui o nosso pique de sair por aí e investir em atividades externas, o que remaneja parte do tempo, que seria reservada ao lazer, para o trabalho. Opa, o que você perguntou aí? Por que essa gente não aproveita a chuva e fica na cama até mais tarde, em vez de trabalhar mais? Pois é, também não entendi essa parte.
Thiago Perin
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