sábado, 8 de maio de 2010

Irmãs estupradas indo para a escola

Diário de Natal on line

A poucos passos de chegar à escola pública onde estudam, duas adolescentes de 14 e 17 anos, ambas irmãs, foram vítimas de estupro, na Zona Norte de Natal, por volta das 18h30 da quinta-feira. Segundo a mais nova, um homem ainda não identificado teria anunciado um assalto e levado ambas para uma casa em construção abandonada, onde praticou o crime. Além do estupro, a mais velha ainda foi agredida pelo acusado. As estudantes desconfiam que o criminoso já conhecia a rotina das garotas.

A mais nova das irmãs conta que, na noite da quinta, como de costume, elas saíram da casa onde moram, para ir a pé ao colégio. O percurso costuma ser de 30 minutos. Ambas estavam sozinhas e conversando quando passaram por uma rua próxima à escola. Em direção oposta às duas garotas, o suspeito se aproximou e anunciou um assalto, armado com uma pistola. Elas o descrevem como um homem moreno, de idade aproximada de 30 anos, usando boné branco, camiseta branca e bermuda vermelha floral. "Elemandou que nós fingíssemos estar conversando com ele e passar para a parte mais escura da rua. Ele pediu que eu entregasse o meu celular".

Rendidas pelo bandido, as garotas foram levadas até uma casa abandonada naquela rua. A casa não possui muros, mas é cercada com arames farpados. Elas foram forçadas a atravessar a cerca e ir até o quintal, onde o suspeito exigiu que ambas tirassem a roupa. A mais velha teria implorado para não ser abusada ou morta, mas isso teria irritado o criminoso, que a agrediu diversas vezes, esmurrando-a nos braços, nos seios e na cabeça. "Pedi que não me matasse, porque tenho marido e um filho de dois anos e não queria perdê-los".

A adolescente de 14 anos afirma que o estuprador chegou a abandonar a arma durante o ato sexual. Porém, mesmo assim, nenhuma delas se atreveu a tomar qualquer reação. "Eu fiquei com medo de ele nos fazer alguma coisa, pois era bem mais forte do que nós. E, depois, não teríamos para onde correr rapidamente por causa da cerca. Ele poderia pegar a arma antesde atravessarmos". Os momentos de aflição nas mãos do criminoso duraram cerca de uma hora, de acordo com as vítimas. Ao final, o bandido exigiu que elas permanecessem no imóvel por 10 minutos depois que ele fugisse. Ele então saiu, sem deixar pistas.

Elas esperaram o período exigido pelo criminoso e então foram até a escola, onde relataram o fato para conhecidos. A polícia foi então acionada e partiu em busca do suspeito, juntamente com as garotas. No entanto, o culpado não foi localizado. Em seguida, elas foram encaminhadas ao Hospital Santa Catarina, onde receberam os primeiros cuidados médicos, depois foram à delegacia de plantão da Zona Norte, onde foi prestada a queixa. Por fim, foram ao Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep), onde passaram por exame de conjunção carnal e de corpo e delito.

Choque
Ambas estão muito abaladas após o crime. A mais nova afirma que, a partir de agora, não irão mais à escola a pé, mas devem ir de ônibus. Elas temem ainda que o criminoso as conheçam. "Ele disse que há tempos vinha nos observando. Ele chegou até a exigir que eu cantasse uma música do Grafith". O crime deverá ser agora investigado pela Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente (DCA). A equipe do DN tentou contato com a delegada titular, Adriana Shirley, mas ela está de licença médica.

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